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gastronomia

Foi ao presenciar um garçom servindo vinho rosé em taças de cognac com gelo perto de Saint Tropez, durante as férias de verão em 2003, que Jacques Tranier, CEO da vinícola francesa Vinovalie, teve a ideia de criar um vinho para ser tomado com gelo – refrescante – porém que não ficasse aguado e sem sabor! Surgiu daí o Rosé Piscine. E mais do que isso, a partir daquele momento, estava criado um nicho de mercado até então impensável para os amantes de vinho.

Atualmente, o Brasil é responsável por mais de 1/3 de todo o volume exportado de Piscine no mundo. Depois da França, o País é o maior mercado consumidor de Piscine no mundo, com crescimento constante de 65% ao ano, desde quando foi importado pela primeira pela Wine to You, em 2004. Além disso, é o vinho rosé francês mais vendido em terras brasileiras.

Há, ainda, outra oportunidade no mercado mundial de vinhos, que é o crescimento do consumo de rosés. E no Brasil não é diferente. Os rosés importados detêm a fatia de 4,7% do mercado total de vinhos no Brasil, segundo a Ideal Consulting. Mas levando em consideração apenas a importação de vinhos rosés franceses, em 2018, eles representaram 21,3% do mercado contra 14,6% em 2017. Ainda de acordo com a Ideal, no Brasil, o consumo de vinhos rosés aumentou 290% entre 2014 e 2018.

Embora a bebida tenha caído no gosto do brasileiro, ainda há muito caminho a ser percorrido. O Brasil atualmente consome cerca de dois litros de vinho per capita/ano, enquanto países vizinhos se equiparam ao consumo de europeus, em torno de 11 litros (Uruguai), 15 litros (Chile) e até 25 litros (Argentina) por pessoa ao ano. “Além das altas taxas de impostos para a importação de vinhos, o brasileiro ainda tem pouco conhecimento em relação à bebida, o que faz com que ele não se arrisque nesse mercado. Mas se por um lado são desafios, por outro, temos aqui uma grande oportunidade de crescimento, com um grande mercado a ser explorado”, explica Júnior.