Foto: Reprodução
Por Isabel Franson
Três turistas de São José dos Campos (SP) encontraram, na tarde desta quarta-feira (1), uma mala que pertencia ao acervo da modelo Caroline Bittencourt, morta em acidente durante vendaval no último domingo.
A bagagem estava parcialmente aberta sobre uma pedra na ilha do Tamanduá, em Caraguatatuba, a cerca de 40 quilômetros de onde a embarcação da modelo se encontrava inicialmente.
Os casais Emerson Fialho e Ana Paula Zoppi, Leandro Zoppi e Joyce Pansutti, de São José dos Campos, saíram com uma moto aquática da praia da Mococa, em Caraguatatuba, em direção à ilha do Tamanduá, onde encontraram a mala.
“Estávamos a passeio em Caraguatatuba. Nunca imaginávamos que isso poderia acontecer”, explica Ana Paula Zoppi.
Sequência de fatos
A jovem conta que seu primo Leandro Zoppi e a esposa, Joyce Pansutti, foram os primeiros a ver as roupas espalhadas na Ilha do Tamanduá, por volta das 11 horas da quarta-feira (1). “Eles deram a primeira volta com a moto, para aquecer. Chegaram bem perto da ilha e viram as roupas lá, esticadas na pedra. Não entenderam nada, nem associaram ao caso”.
O casal retornou à Praia da Mococa, onde estavam Ana Paula e o noivo Emerson Fialho. “Nos deram detalhes e continuaram, dizendo que havia uma mala, umas roupas… Achamos bem estranho”.
Em seguida, os dois homens subiram na moto e retornaram à ilha. “Tiraram algumas fotos, das roupas espalhadas e da própria mala. Trouxeram para mostrar a mim e à Joyce”.
Ana Paula conta que chamou atenção a qualidade das roupas e a personalização na mala. “O escrito C.B. Estava cada vez mais evidente que deveria ser dela”.
As jovens recorreram às redes sociais e localizaram a conta da modelo no Instagram, onde algumas das peças espalhadas na ilha pareciam ser as mesmas das postagens de Caroline Bittencourt. Durante a pesquisa, também localizaram uma foto de Carol com a mala.
“Foi quando tudo se confirmou. Imediatamente ligamos para a Marinha e também para a Polícia. Os agentes perguntaram como chegamos à Ilha do Tamanduá e contamos sobre a moto. Eles explicaram que, em função do feriado, estavam com o contingente reduzido e perguntaram se poderíamos buscar. Os rapazes voltaram lá”.
Por volta das 15 horas, Emerson Fialho e Leandro Zoppi retornaram com a mala e as roupas. “Só chacoalhamos as peças um pouco para tirar a areia e levamos à delegacia de Caraguatatuba. Também tentamos contato com alguns telefones da equipe de Caroline que constavam no Instagram dela, mas fomos informados que a família iria à Delegacia reconhecer e buscar os pertences”.
Ana Paula explica que, em momento algum, os primos imaginaram que se envolveriam no caso de destaque nacional. Mas fica aliviada de poder contribuir, de alguma forma. “A gente sente, né? Ficamos muito tristes. Parece que é como se a conhecêssemos. Você pode pensar que é ‘só’ uma mala. Mas não é. É que restou, né? E a gente pensa nos familiares. Esperamos que eles possam se consolar”.