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Edição do Mês

Com mais de 25 anos de carreira Monique Alfradique pode dizer que está celebrando a maturidade dramatúrgica. Afinal, quase três décadas dedicadas às artes é uma marca para lá de significativa. O início profissional, ainda menina, foi alimentado com muitos trabalhos, tijolinho por tijolinho, que agora culminam com a estreia da artista como autora, em seu primeiro monólogo “Quase Normal”, do qual assina o texto ao lado de Rafael Primot. Isso após ganhar um prêmio internacional de Melhor Atriz por sua atuação no longa “Bem Vinda a Quixeramobim”, que estreou em outubro nos cinemas. Boa fase é pouco né?
Mas, afinal, o que é ser “normal” nos loucos dias de hoje? Partindo desta premissa, a peça estreou em São paulo e agora chega ao Teatro dos Quatro, no Rio, para uma curta temporada. No solo, Monique dá vida a uma mulher contemporânea cheia de dilemas e perturbações. Depois de atravessar decepções amorosas, fracassos profissionais e experiências nada convencionais no mundo virtual, ela segue incansável na busca de realizar seus desejos e de se encontrar.
Além de se envolver em situações hilárias, a personagem também sente a pressão da sociedade para se enquadrar naquela velha moral e também nos bons costumes e agir como uma mulher ‘normal’. Mas será que é mesmo necessário preencher tantos pré-requisitos?
“O espetáculo tem a função de falar sobre a autoestima da mulher contemporânea, que sofre pressão para ser mãe, para ter um casamento perfeito e ser bem-sucedida profissionalmente. Acontece que isso tudo não faz parte do plano de vida de todas. Mas a gente sofre muita pressão diária”, analisa Monique, de 36 anos.
Sozinha em cena pela primeira vez, a atriz vibra com a troca que tem com a plateia. “É uma experiência maravilhosa, um misto de sensações, mas me sinto bastante acolhida pelo público, que é meu cúmplice. Isso de certa forma me acalenta”, diz ela, que fez temporada em Sampa, em plena pandemia.
Natural de Niterói, Rio de Janeiro, Monique começou a carreira artística aos 9 anos, fazendo teatro e publicidade. Hoje, celebra importantes atuações em TV, teatro e cinema. Foram mais 20 papeis e participações na TV, mais de 18 espetáculos no teatro e quase 18 filmes nas telonas.
Ela iniciou sua trajetória a TV como uma das paquitas do ‘’Programa da Xuxa’’. A estreia como atriz foi em ‘’Malhação’’, em 2003. Depois protagonizou na novela ‘’Agora é que são elas’’ e se destacou em outras como “Malhação” (2006), ‘’Beleza Pura’’ (2008), a série “Cinquentinha’’ (2009), ‘’Cama de gato’’ (2010), ‘’Fina Estampa’’ (2011) e “Deus Salve o Rei” (2018).
No teatro, fez espetáculos como ‘’Escola de Mulheres’’, de Molière; ‘’Comédia dos Erros’, Shakeaspere; ‘’A Mentira’’, de Nelson Rodrigues; ‘’Qualquer Gato Vira Lata’’, Bibi Ferreira e Juca de Oliveira; ‘’A Garota do Biquíni Vermelho’’, de Artur Xexeo e Jaqueline Laurence, entre outros.
Como protagonista de “Bem-vinda a Quixeramobim”, Monique abocanhou o prêmio de melhor atriz no 26° Inffinito Brazilian Film Festival e o longa também levou na categoria Melhor Filme. Na produção, Monique interpreta Aimée, uma influencer milionária que tem todos os bens da família bloqueados após um caso de corrupção, exceto uma fazenda no interior do Ceará que herdou de sua mãe.
Mais um desafio, mais uma conquista para a atriz, que recentemente também brilhou como apresentadora no reality culinário “Mestre dos Sabores” e, no Carnaval carioca, é destaque certo no desfile da Grande Rio. Haja talento, e fôlego!
Confira nosso bate-papo com Monique Alfradique: