Apesar dos avanços dos produtos dermocosméticos, muitas pessoas ainda notam alteração na pele — mesmo seguindo um ritual de beleza completo com limpeza, tonificação, hidratação e proteção solar. Essa alteração prejudica a textura da pele, que apresenta relevo irregular, “bolinhas”, manchas e cicatrizes, algumas provenientes de acne. “Elas são visíveis e mudam o relevo, comprometendo a textura da pele”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e da American Academy of Dermatology.
O que fazer em casa — “Primeiramente, a rotina de cuidados deve privilegiar o uso de produtos específicos ao tipo de pele. Por exemplo: pacientes com peles oleosas devem optar por ingredientes como ácido salicílico, que ajudam na renovação celular. Tônicos e hidratantes devem seguir no mesmo modelo: tônicos com extratos calmantes para peles secas e adstringentes com pouco álcool para as peles oleosas”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e da American Academy of Dermatology. O uso de esfoliantes duas vezes por semana também é recomendado.
Em consultório — Para melhora do aspecto geral da pele, muitas vezes o uso continuado de produtos não promove o efeito desejado, que pode ser conseguido por meio de tecnologias como a radiofrequência microagulhada Eletroderme (da Plataforma Solon), que penetra profundamente na pele, promovendo coagulação, aquecimento e reorganização das fibras de colágeno, segundo o médico. “As agulhas do Eletroderme ultrapassam a epiderme, emitindo ondas eletromagnéticas apenas nas camadas mais profundas da pele, preservando a superfície. Isso faz com que a temperatura da derme chegue até a 70ºC, estimulando a produção de colágeno, o que tem impacto direto na textura da pele”, explica o dermatologista.
Com o aquecimento, a ação do Eletroderme provoca o estímulo da regeneração celular por meio do processo de cicatrização, a proliferação de células-tronco e estímulo da síntese de elastina, da neocolagênese (produção de colágeno) e angiogênese (proliferação de vasos sanquíneos). “Esta técnica pode ter ação até a derme média e, por possuir radiofrequência, realiza pontos de coagulação de efeito térmico”, acrescenta. A reconstrução do colágeno, de dentro para fora, promove melhoria na textura e relevo da pele em todas as camadas, inclusive a epidérmica, segundo o Dr. Abdo. O equipamento pode ser ajustado para atingir temperaturas de 55ºC a 100ºC.
Durante o procedimento, o paciente pode sentir leve aquecimento no local. Para que os resultados sejam satisfatórios, são necessárias, em média, três sessões com intervalos mensais, dependendo da resposta de cada paciente, segundo o dermatologista. “O pós-procedimento é tranquilo, a recuperação é muito rápida, bem como o retorno do paciente às atividades. Em 15 dias já é possível ver os primeiros resultados. Os finais aparecem após quatro meses”, comenta.
O procedimento é contraindicado para gestantes e pacientes com tendência à formação de queloide, e não deve ser feito em áreas do corpo com infecções.