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Manter uma rotina de cuidados com a pele é fundamental, mas antes é preciso descobrir qual é seu tipo de pele, para assim utilizar produtos específicos. “O que define se a pele da pessoa é normal, seca, oleosa ou mista é a genética. Mas fatores como o envelhecimento, a exposição solar, a alimentação e o uso de sabonetes, maquiagens e cosméticos inadequados também podem levar ao desequilíbrio da pele”, explica a dermatologista Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. A seguir, veja os tipos de pele e identifique o seu.

PELE NORMAL
A pele normal é naturalmente bem hidratada, pois produz óleo em quantidade adequada, sem ficar muito seca ou oleosa. Este tipo de pele apresenta uma textura saudável e aveludada, com poros pequenos e pouco visíveis, além de ser a que menos desenvolve problemas como espinhas e manchas. Porém, apesar de a pele normal ser ideal, ela também necessita de cuidados para que se mantenha saudável. “Para cuidar da pele normal não tem segredo. É necessário limpá-la com sabonetes suaves e não muito agressivos e depois tonificá-la. Pode-se ainda realizar uma esfoliação apenas uma vez por semana. Após isso, deve-se utilizar uma loção hidratante e finalizar com o filtro solar”, diz Thais.

PELE SECA
Já a pele seca é aquela que tem deficiência em produzir gordura de boa qualidade para formar uma membrana hidrolipídica. Por isso, apresenta um aspecto áspero, rígido, sem brilho e com poros quase invisíveis, além de ser mais sensível e ter propensão a desenvolver rugas mais facilmente. “A pele seca não deve ser esfoliada, mas sim higienizada com emulsões de limpeza à base de extratos calmantes e tonificada com loções sem álcool. A hidratação deve ser feita logo em seguida, com cremes mais pesados, pois é o principal cuidado que essa pele necessita.  Após a hidratação, deve-se passar um creme específico para a região da área dos olhos e finalizar com um protetor mais espesso com FPS mínimo 30. É importante também evitar banhos muito quentes e demorados, pois contribuem ainda mais para o ressecamento da pele”.

PELE OLEOSA
Enquanto a pele seca é mais rara, a pele oleosa é a mais comum no Brasil, devido ao clima tropical, a alimentação gordurosa e a exposição solar. Segundo a dermatologista, este tipo de pele possui poros abertos e dilatados e secreta uma grande quantidade de oleosidade, o que a deixa com aspecto brilhante e espesso. Além disso, esse tipo de pele tem maior tendência a formar cravos e espinhas e, normalmente, também é acompanhada pelo couro cabeludo oleoso.

“Durante os cuidados com esse tipo de pele, não se deve ressecá-la demais, para que não ocorra um efeito rebote. Então, deve-se realizar a limpeza de duas a três vezes por dia com sabonetes líquidos que contenham ativos calmantes e seborreguladores. Essa pele também deve receber, de duas a três vezes por semana, uma esfoliação, para ajudar na renovação do estrato córneo e no desentupimento dos poros. Para finalizar a fase da limpeza, é de extrema importância o uso de uma loção tônica adstringente, que pode ter álcool, mas em uma quantidade pequena”, recomenda. “Após a limpeza, essa pele precisa ser hidratada, pois oleosidade e hidratação não são sinônimos. Esta etapa deve ser realizada com séruns e loções oil free ou com ativos que façam o controle da oleosidade. O uso de protetor de toque seco e rápida absorção é indispensável.”

PELE MISTA
Também bastante frequente, a pele mista caracterizasse por apresentar oleosidade e poros dilatados na zona T (testa, nariz e queixo) e ressecamento na área dos olhos e das bochechas. “Na pele mista, a zona T é a que deve receber maior atenção. Então, pode-se fazer a mesma higienização da pele oleosa, utilizando sabonete líquido com ativos calmantes. Depois, é necessário o uso de uma loção tônica adstringente, porém, apenas na zona T. A hidratação deve ser feita com séruns e loções mais leves e a proteção solar pode ser realizada com um filtro hidratante e com cor, para homogeneizar a textura da pele”, explica a especialista.

Ainda sobre os cuidados com cada tipo de pele, Thais aponta a importância de se escolher as texturas dos produtos adequadas. Por exemplo, em peles mais oleosas e mistas, deve-se optar por produtos não oleosos, de toque seco, superfluídos e não muito pesados. Já nas peles secas e normais, é preferível o uso de cremes e loções mais pesadas, para que realizem a manutenção do manto hidrolipídico. “O problema do autodiagnóstico está justamente no uso indevido de produtos, que podem acabar piorando ainda mais a qualidade da pele. Por isso, é sempre importante consultar um dermatologista”.

 

 

 

Foto: Reprodução

Fonte: Marie Claire