E o São Paulo Fashion Week continua com tudo! Ontem, (14), tivemos o segundo dia dessa 43ª edição. A tendência street ficou bastante evidenciada em algumas coleções e uma das mais famosas marcas brasileiras completou 45 anos! Confira aqui todos os destaques do segundo dia de passarela (por ordem de apresentação)!
- Vitorino Campos (10h – Galeria Ovo, R. Estados Unidos, 2104)
Abrindo o segundo dia de desfiles, o estilista baiano Vitorino Campos mostrou uma ruptura com os padrões, usando tecidos nobres e mais simples do dia a dia. O estilista mostrou uma forte inspiração nos anos 1980, com ombrões, e usando muita ousadia com ziplocks no lugar de abotoaduras, lápis de cor como fechos de bolsas e nylon sendo usado como tecido nobre.
Fotos: Francisco Cepeda
- Ellus (14h30min – Térreo – Bienal)
A marca fez uma passagem super animada pela passarela. Comemorando 45 anos, o desfile foi vibrante, divertido e com um toque de redescoberta. Toda atmosfera foi criada para contar a história da marca. Desde a música, passando pela escolha das tops – como Carol Trentini, Mari Weickert, Carol Ribeiro, Marina Dias – até, claro, as roupas. A grife foi criada por Nelson Alvarenga e conta, hoje, com a direção criativa de Adriana Bozon e Rodolfo Souza. As roupas, apesar de remeterem ao passado, trazem um perfeito ar de modernidade, com jaquetas de couro, jeans e sapatos pesados.
O desfile ainda trouxe uma polêmica, ao colocar dois modelos, uma mulher e um homem (Rebecca Gobbi e Filipe Hilmann), sem camisa, lado a lado, para questionar a censura dos mamilos femininos. “A Ellus sempre falou de liberdade sexual e de expressão. A nossa mulher sempre foi forte e muito livre”, contou Rodolfo Souza no backstage.
Fotos: Francisco Cepeda
- Lolitta (15h30min – Espaço Niemeyer – Bienal)
Como o próprio nome sugere, a grife trouxe um frescor elegante e romântico para um dia que foi marcado pelo street wear. A estilista Lolita Hannud usou e abusou das mangas volumosas, trazendo o seu já tradicional tricô com essa nova tendência.
Fotos: Francisco Cepeda
- Gig Couture (17h – Sala Oca – Bienal)
Mais uma estilista apostando no street wear. Gina Guerra, que assina as roupas da grife mineira, trouxe uma releitura do guarda-roupa urbano, dando luxo ao que já é usado no dia-a-dia das pessoas. Sua inspirações foram os anos 1970,1980 e 1990, com parcas, casacos de moletom e calças “jogging”, criando uma atmosfera mais esportiva. Os destaques da noite foram os moletons de lurex e as sobreposições de casacos sobre túnicas geométricas.
Fotos: Francisco Cepeda
- Two Denim (18h30min – Espaço Niemeyer – Bienal)
Mais uma prova de que a moda no Brasil está caminhando para um patamar mais básico e voltado para o jeans foi o desfile da estreante Two Denin, marca especializada em jeanswear. Suas calças de corte reto e lavagem clara foram combinadas com camisas brancas, no estilo volumoso e mais longo foram mescladas com looks em jaquetas geométricas e peças decoradas com babados. Mais uma vez, destaque para as sobreposições, que são a marca registrada do street.
Fotos: Francisco Cepeda
- PatBo (20h – Sala Oca – Bienal)
A mineira Patrícia Bonaldi deu bastante destaque para uma das tendências dessa estação: o veludo molhado. Em parkas e moletons, elementos esportivos que são foram o must deste dia de desfiles. Bordados feitos à mão, transparência e bonés completaram a noite, ressaltando mais uma vez o street wear.
Fotos: Francisco Cepeda
- Lino Villaventura (21h – Espaço Niemeyer – Bienal)
O veterano, que fechou a noite de desfiles, apostou numa coleção gótica, numa pegada punk romântico bastante teatral. Mas, mesmo fugindo um pouco do tradicional, as peças de Lino também remetem ao street wear, que foi a tendência principal da noite. As roupas tinham um tom desestruturado e vestidos sóbrios mesclados com brancos, com saias armadas com tule. Outro destaque foram as capas transparentes, que em algumas modelos era fechada até o rosto, com zíper, fazendo referência à Maison Margiela.
Fotos: Francisco Cepeda