Penúltimo dia de São Paulo Fashion Week! Ontem, (16), os desfiles foram mais ousados, com pernas de fora, transparências, biquínis e uma vibe um pouco mais dark do que nos dias anteriores. Confira aqui os destaques do quarto dia (por ordem de apresentação)!
- A La Garçonne (11h – Espaço Niemeyer – Bienal)
O dia começou com um dos desfiles mais ousados do SPFW. A marca À La Garçonne, assinada por Fabio Souza contou com a colaboração do icônico Alexandre Herchcovitch, que deixou sua personalidade bastante em evidência nas peças. O desfile foi todo inspirado no fetiche 90, uma das maiores referências de Herchcovitch. O mood dark esteve bastante presente, com costelas, bacias e dedos de esqueletos. Esse lado sombrio ficou lado a lado com as referências pop do Japão e de uma pegada bastante sexual.
Fotos: Raphael Castello
- Cotton Project (16h – Espaço Niemeyer – Bienal)
Saindo do visual dark e sensual da À La Garçonne, o desfile assinado por Rafael Varandas e Acacio Mendes trouxe uma vibe bem mais tranqüila, cool e despretensiosa. Com predominância de tecidos leves e acessíveis como seda, algodão e alpaca, os looks são urbanos e indies, que é a cara da grife, que é especializada tanto em moda feminina, quanto masculina.
Fotos: Francisco Cepeda
- Alexandrine por Batista Dinho (17h – Sala Oca – Bienal)
Mais um estreante na SPFW. O estilista Dinho Batista se juntou com a idealizadora do ateliê Maison Alexandrine, de Alexandra Fructuoso, trazendo uma moda festa inspirada na própria cidade São Paulo. Toda a coleção é mais voltada ao minimalismo do que ao excesso, trazendo uma modelagem alongada e levemente acinturada. Os trançados de fita de cetim estiveram presentes em quase todos os looks, aderindo à tendência de peças transparentes.
Fotos: Francisco Cepeda
- Juliana Jabour (18h30min – Espaço Niemeyer – Bienal)
A coleção da estilista Juliana Jabour foi bem diferente das anteriores. Com inspiração no motocross, os looks remeteram ao que os fashionistas chamam de radical chic, pois, ao mesmo tempo que faz referências ao esporte, não foge de sua origem feminina e romântica. As calças estilo biker de couro junto com blusas vitorias de seda são um belo exemplo disso.
Fotos: Francisco Cepeda
- Amir Slama (20h – Sala Oca – Bienal)
O desfile beachwear do estilista que dá o nome à marca foi totalmente inspirado em um CD de Elis Regina dos anos 1980, intitulado “Saudades do Brasil”. A intenção dele era trazer a vibração e o clima de festa que essa época lembra. Cheio de cor, brilho, lurex e paetê, era difícil não lembrar da extravagância desse tempo. Os maiôs e biquínis cavos, estilo asa delta, com recortes malucos e mistura de cores são um tipo de excesso que dá o tom à coleção. Saindo do beachwear, os vestifos, mamacões, calças e jaquetas de moletom completaram esse desfile ousado, que contou com a modelo transgênero Valentina Sampaio e mensagens de apoio ao feminismo, contra o assédio sexual.
Protesto contra o assédio sexual: Com uma mensagens “invisíveis”, ao serem fotografadas, as peles de duas das modelos revelaram as frases “Eu visto o que quiser” e “Minha saia não é permissão”. (O protesto faz parte da campanha “Sexismo Invisível” do jornal O Estado de São Paulo).
Fotos: Francisco Cepeda
- Tig (21h – Espaço Niemeyer – Bienal)
O último desfile da noite ficou por conta de mais um estreante na SPFW. A grife assinada por Renata Figueiredo trouxe mais uma vez o gótico suave para as passarelas dessa temporada. Com tons brilhantes e metalizados, trouxe ideia diferentes para compor um look noturno, apostando na mistura entre sporteswear e moda festa. Apesar de ter uma cartela de cores predominantemente escura – variando tons de preto e roxo –, ela também brilhou com texturas metalizadas, partizadas e bordadas em tons claros.
Fotos: Francisco Cepeda