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DIVERSÃO

O movimento denunciando assédio sexual foi escolhido “personalidade do ano 2017” pela revista norte-americana Time. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (6). A campanha conhecida como #MeToo (#EuTambém), reúne histórias de assédio sexual e estupro, relatadas principalmente por mulheres.

“Esta é a mudança social mais rápida que vimos em décadas e começou com atos individuais de coragem por centenas de mulheres – e também alguns homens – que se apresentaram para contar suas próprias histórias”, afirmou o editor-chefe da revista, Edward Felsenthal, ao “Today Show”, do canal NBC. “A rede social agiu como um acelerador poderoso: a hashtag #MeToo já foi usada milhões de vezes em pelo menos 85 países”, completou.

“Aquelas que romperam o silêncio são as personalidades do ano”, está no editorial da revista.

É crescente a onda de acusações sobre abusos feitos por personalidades. Os casos envolvem nomes como o do produtor Harvey Weinstein, os atores Kevin Spacey e Danny Masterson, os jornalistas Charlie Rose e Matt Lauer, o maestro James Levine, o fotógrafo de moda Terry Richardson, os congressistas americanos Al Franken e John Croyes, entre outros.

A capa traz cinco mulheres que simbolizam a campanha: a atriz Ashley Judd (primeira a denunciar Weinstein), a cantora Taylor Swift, a lavradora Isabel Pascual (pseudônimo), a lobista Adama Iwu e a ex-engenheira da Uber Susan Fowler. Elas fazem parte do grupo de silence breakers, que romperam o silêncio e ajudaram a lançaram o movimento.

Além das mulheres na capa, a revista destaca outros personagens, como as atrizes Alyssa Milano (que popularizou a campanha através do Twitter), Rose McGowan e Selma Blair; a ativista Tarana Burke; as jornalistas Wendy Walsh, Megyn Kelly Sandra Muller e Lindsey Reynolds; a empresária Lindsey Meyer; o ator Terry Crews; o dirertor Blaise Gogbe Limpman; duas professoras de faculdade e duas mulheres anônimas, funcionárias de um escritório e de um hospital.

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, eleito personalidade de 2016, ficou em segundo lugar este ano. Outros candidatos para a capa da revista eram o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman; o chefe da investigação dos laços da campanha de Trump com a Rússia, Robert Mueller; o jogador de futebol americano Colin Kaepernick, famosos por protestos contra o racismo; Kim Jon-un, ditador da Coreia do Norte; Patty Jenkins, diretora do filme “Mulher-Maravilha”; os “Sonhadores”, crianças imigrantes que chegaram aos EUA com os pais e não têm documentos americanos; e Jeff Bezos, da Amazon.

Fontes: G1 e UOL

Imagens: Divulgação/TIME