Estreante na novela das 6, ‘Orgulho e Paixão’, Herton Gustavo Gratto falou sobre a carreira, preparação para as telinhas e seus projetos para o futuro. Confira este bate-papo exclusivo:
Como surgiu o interesse na atuação?
Desde que me entendo por gente quero ser ator. Eu devia ter uns cinco ou seis anos e me perguntava o que é que tinha que fazer para entrar no aparelho de TV que ficava na sala da minha casa! O tempo foi passando e eu compreendi que não dava literalmente para entrar no televisor. Mas segui desejando estar lá dentro algum dia. Passei a fazer teatro na igreja, depois na escola e a vontade de atuar não acabou nunca mais.
Você tem formação na área de Comunicação. Já pensou em seguir alguma outra área?
Já trabalhei como redator numa agência de Publicidade. E gostei da experiência. Não o bastante para que eu desistisse de querer atuar. Mas se eu não fosse ator e dramaturgo, certamente seria um redator.
Quais as maiores dificuldades enfrentadas?
Uma das maiores dificuldades que enfrentei foi geográfica. Eu sou natural do interior de Mato Grosso e vir pro Rio estudar teatro era um sonho que parecia quase impossível de se realizar. Muita gente achava que era loucura eu vir sozinho para uma cidade desconhecida com uma mão na frente e outra atrás em busca de uma ilusão. Mas eu sabia que eu não estava sendo movido por nenhuma ilusão. Eu apenas estava atendendo ao chamado da minha vocação.
Como foi a preparação para “Orgulho e Paixão”, uma novela de época?
Assisti aos filmes que foram inspirados nas obras de Jane Austen, e revi séries como Downton Abbey para me ambientar a esse universo de época. Também li os livros Orgulho e Preconceito e A Abadia de Northanger.
Fale sobre a expectativa de estreia nas telinhas.
A expectativa é realizar um trabalho sincero e realizar novos encontros com muita troca e aprendizado. E tudo isso felizmente está sendo alcançado.
Como foi a adaptação do Mato Grosso para o Rio?
O mais difícil foi lidar com a saudade de casa e ver as pessoas que eu amo com uma frequência bem menor do que eu gostaria. O resto tirei de letra. Acho que eu sempre fui um carioca mato-grossense e não sabia.
Qual o trabalho dos sonhos?
Nossa! São tantos! Tem tantos autores, atrizes e atores com quem eu desejo trabalhar! São tantos enredos e conflitos que desejo contar, que essa entrevista teria cem páginas se eu fosse citar todos um por um! Mas, eu adoraria viver um personagem de caráter duvidoso, um cara perverso, invejoso, mas repleto de humanidade. Acho seria um grande desafio.
Além de atuar, você escreve peças e poemas. Como concilia essas atividades?
Eu busco fazer tudo com muita verdade. Uma peça, um poema, ou um personagem que interpreto antes de serem externalizados, eles pulsam verdadeiramente dentro de mim. E as funções de ator, poeta e dramaturgo se retroalimentam. O meu ator inspira o meu poeta que inspira o meu dramaturgo. É como se eu fizesse tudo junto, mesmo quando faço uma coisa de cada vez.
Quando sobra um tempo, o que faz nas horas vagas?
Vou ao cinema, ao teatro, conheço novos restaurantes, ando de bicicleta, leio, me arrisco na cozinha. Eu definitivamente não paro. Se eu tenho horas vagas rapidamente consigo ocupá-las.
O que te inspira nas diferentes funções que exerce?
A possibilidade me expressar em diferentes linguagens e poder atravessar a outro e também ser atravessado.
Além do “Poemas para o meu pai ler antes de dormir”, quais os próximos projetos?
Em Junho estreio o espetáculo “Moléstia” onde eu assino a dramaturgia. A trama que fala sobre a dificuldade da escuta será dirigida por Marcéu Pierrotti e tem no elenco Camila Moreia, Felipe Dutra e Ciro Sales (que atualmente concilia os ensaios da peça com as gravações de Segundo Sol). Ainda no primeiro semestre estreio o monólogo “Eu só queria que você não olhasse pro lado”, onde eu também assino o texto, que será interpretado pela atriz Rose Abdalla e dirigido pela Guta Stresser.
Fotos: Sérgio Santoian
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