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cabelo

Você sabia que, além das bolsas e sapatos, os penteados também podem afetar a coluna das mulheres? Pois é! Pesquisas apontam que o público feminino sofre muito mais com dores nas costas do que o masculino. Uma das explicações, segundo o quiropraxista David Porto, é porque os fatores de riscos deste nicho são bem maiores e, um deles, são os penteados – desde o preparo até a forma usada. Usar coques e até a maneira de fazer chapinha podem influenciar negativamente a postura e, consequentemente, causar dores e problemas mais sérios no futuro.

Entenda mais sobre o assunto:

Secar o cabelo, fazer chapinha, escovar o cabelo: ao puxar o cabelo, a mulher flexiona a cabeça e eleva o ombro – que segura o secador -, gerando pressões articulares e exaustão muscular. Isso pode causar cervicalgias, torcicolos, cervicobraquialgias, dorsalgias e muitos outros tipos de desordens da coluna vertebral.

Coques: este penteado geralmente exige um cuidado quase que inconsciente da mulher em nunca encostar a parte de trás da cabeça quando se sentar para que o penteado não desmanche. Isso gera um aumento da tensão local devido ao uso excessivo da musculatura estabilizadora do pescoço, aumentando o risco de desenvolver algum tipo de alteração no funcionamento destes segmentos da coluna.

Penteados laterais: muitas mulheres que usam o penteado lateral de forma frequente costumam rodar a cabeça mais para o lado oposto de onde o cabelo está do que do mesmo lado do cabelo. É um comportamento quase inconsciente devido ao medo de estragar o penteado. A rotação frequente mais de um lado do que o outro gera um desequilíbrio muscular que pode gerar alterações mecânicas na região cervical.

Cabelo molhado no frio: quando o nosso corpo percebe que a temperatura local reduz, extintivamente ele começa a reagir com o objetivo de aquecer a região e manter a temperatura interna. Um mecanismo muito usado pelo corpo é a contração da musculatura local quando recebe um estímulo frio. Esta contração pode gerar falhas no funcionamento articular e causar alguns tipos de lesões e inflamações.

“As mulheres não sabem o mal que determinados penteados e a forma de fazê-los impacta a coluna e o quanto é importante mantê-la saudável. Diante de todo este cenário, um ponto crucial para que a moda esteja em harmonia com a coluna é de ter uma consciência corporal e um planejamento que sempre nos leve a questionar sobre como devemos fazer o que fazemos, preservando e cuidando da nossa saúde. Agir desta forma é escolher o look mais adequado diante do cenário do momento, é protagonizar a própria vida e ser responsável pela sua saúde e bem-estar”, ressalta David Porto.

Acessórios e sapatos
O quiropraxista lembra ainda que a postura das mulheres também é totalmente influenciada pelo uso de sapatos e acessórios. No caso dos calçados, o certo é pensar na altura do salto e por quanto tempo este será usado na posição ortostática (em pé). Quando se trata de um salto superior a quatro centímetros que eleva o calcanhar em relação aos dedos, isso obriga a coluna a encurvar para trás, e desta forma, as articulações da coluna vertebral sofrem maior pressão e os músculos podem sofrer exaustão e inflamarem.

O recomendado é evitar mais de três horas na posição em pé usando o salto alto. Por isso, uma dica boa é sempre alternar a postura em pé com o sentar. Isso gera descanso muscular e evita processos inflamatórios por sobrecarga.

Já em relação aos acessórios, existem três tipos muito comuns que influenciam direta ou indiretamente na saúde da coluna feminina.

Sentar com carteira, celular e chaves no bolso de trás: desalinha a base da coluna, sobrecarregando as articulações. Além disso, o objeto do bolso pressiona o músculo do glúteo (músculo piriforme e músculo glúteo médio), causando lesões nestas estruturas. Isso pode evoluir para sintomas de dor ciática.

Pulseiras e relógios que geram incômodo: quando apoiados sobre uma mesa para trabalhar no computador induzem o usuário a levantar os braços e tencionar os ombros, causando fadiga muscular e alterações na articulação da coluna.

Bolsas pesadas penduradas sempre do mesmo lado: desalinham o eixo da coluna e causam desequilíbrios musculares e sobrecargas articulares.