Pedro Maya fala sobre envolvimento artístico desde a infância e planos para o futuroAtor fala sobre seus sonhos e o poder da arte em sua vida
Por Juliana Moraes
Fotos: Luiz Brown
Em entrevista exclusiva para a Mais Mais Mais, o ator Pedro Maya conta como foi o início de sua carreira artística e fala sobre o seu personagem em “Malhação”. Estudo, trabalho, sonhos e planos para o futuro também foram tema do bate-papo que você confere abaixo.
O que te motivou a seguir a carreira artística? Acho que o que mais me motiva é o poder da arte de dialogar com qualquer tipo de pessoa. O poder de sensibilizar e levar reflexão me inspiram bastante.
Como foi entrar nesse meio quando ainda era criança? Foi tudo muito leve. Apesar de sempre ter o apoio familiar, meus pais não queriam que nada fosse prematuro. A questão é que sempre vi naquele lugar um espaço de diversão, até que foi se tornando mais sério.
Quais os desafios que você mais enfrenta na área? Sei que sou bastante privilegiado, mas creio passar pelos mesmos dramas de outros atores negros e jovens periféricos – como a mobilidade de ter que acessar outros pontos da cidade, geralmente distantes, para ter aulas, assistir a peças, entre outras coisas.
Você teve apoio da sua família para ingressar nessa área? Sempre tive o apoio familiar, pois viram em mim uma paixão condicional pela arte desde muito cedo. Meu pai, que é ator há mais de 35 anos, sempre nos levou pra assistir suas peças e acabamos nos habituando rápido com o ambiente teatral.
Quem é a sua maior referência no mundo artístico? Acho difícil escolher, pois creio que nós somos formados por pequenos pedaços de cada referência nossa. Mas se há de ser um, vai o meu pai, Jorge Maya, que sempre foi a minha referência mais próxima, e que sempre tive muito orgulho de dizer que segui os passos.
Você é formado em Música e está cursando licenciatura em Artes Cênicas. De qual área você mais gosta? Creio que as duas são complementares dentro de mim. Acho que a musicalidade me ajuda muito na hora da cena, por acreditar que cada cena possui um ritmo, assim como existe uma determinada musicalidade em cada fala, por exemplo.
Conte um pouquinho sobre sua relação com a música. A música aflorou em mim quando eu tinha uns 14 anos, com as minhas primeiras aulas de violão. Sempre fui um cara interessado em pesquisar os mais diversos estilos musicais, e quando passei a estudar tecnicamente, essa vontade só se expandiu mais ainda em mim.
Qual personagem exigiu mais do seu lado emocional até hoje? Acho que cada personagem tem o seu desafio por várias questões. O Garoto, personagem que vivo no momento em “Malhação”, me levou a alguns lugares desconhecidos e exigiu de mim um controle físico e emocional grande, principalmente durante a minha quinzena de protagonista, pela intensa rotina de gravação.
Seu pai é ator há mais de 30 anos. Como é frequentar ambientes artísticos desde a infância? Sempre foi muito prazeroso. Desde pequeno assisti a peças do meu pai, com meu irmão e minha mãe. Com pouca idade, eu e meu irmão já reproduzíamos as cenas do meu pai e ele se divertia com isso (risos).
O que mais te inspira como ator? Acho que é o lugar do desconhecido. Adoro conhecer coisas novas, pessoas novas, aprender e transmitir um pouco de conhecimento. E o mais bacana da nossa profissão é que tudo é efêmero, são sempre fechamentos e aberturas de ciclos com novas pessoas e novas histórias.
Qual seu maior sonho artístico? Acho que neste momento eu já vivo um grande sonho, que é poder me manter com o dinheiro da arte. Poder levar mensagem e reflexão são coisas muito significativas pra mim.
Como é a sua relação com a moda? Sou meio desapegado em relação a isso, nada narcisista (risos). Gosto de usar o que me faz bem e sou bem resolvido com isso.
PING PONG
Nome completo: Pedro Luiz Dias Maya
Idade: 22
Altura: 1,63
Local de nascimento: Rio de Janeiro
Sua maior qualidade: Força
E defeito: Cabeça dura
O que é felicidade para você: Estar bem consigo
Um sonho de consumo ainda não realizado: Uma viagem para a África
Se pudesse fazer um desejo para se realizar agora, qual seria: Fazer um mochilão pelo mundo
Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo: George Benson, guitarrista e cantor
O que você mais detesta: O que eu sou, cabeça dura (risos)
O que você mais preza em seu círculo social: Confiança
Uma mania: Mexer nos cabelos
Uma lembrança da infância: Minha mãe beijando minhas mãos
Defina-se em uma palavra: Persistente