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DIVERSÃO

Em discurso forte e emocionante, no qual falou sobre a força das mulheres, assédio sexual e racismo, a atriz e apresentadora Oprah Winfrey recebeu, neste domingo (7), um prêmio pelo conjunto da obra no Globo de Ouro 2018.

Ela, que atuou em filmes como “A cor púrpura” (1985), “Bem-amada” (1998), “O Mordomo da Casa Branca” (2013) e “Selma: Uma luta pela igualdade” (2014), ganhou o troféu Cecil B. DeMille, prêmio dado em reconhecimento à trajetória cinematográfica, e demorados aplausos no auditório do Hotel Beverly Hilton, em Los Angeles.

Em sua fala, Oprah citou que é a primeira mulher negra a ganhar esse prêmio na cerimônia promovida pela Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, na sigla original). A atriz e apresentadora citou como influência o ator Sidney Poitier, primeiro negro a ganhar o Oscar de melhor ator, pelo filme “Uma voz nas sombras” (1963).

“Eu entrevistei e interpretei pessoas que passaram por algumas das coisas mais feias que a vida pode jogar em você, mas a qualidade única que todas elas parecem compartilhar é a habilidade de manter a esperança por uma manhã mais brilhante, mesmo durante nossas noites mais escuras” disse Oprah.

Ela acrescentou: “Então, eu quero que todas as garotas assistindo aqui, agora, que saibam que um novo dia está no horizonte. E que quando este novo dia finalmente chegar, será por causa de muitas mulheres magníficas, (…) e algum homens fenomenais, lutando duro para ter certeza de que elas se tornem as líderes que nos levem a um tempo em que ninguém jamais tenha de dizer ‘Eu também’ novamente.”

A última frase é uma referência à hashtag “Me Too” (#metoo), que começou a campanha de incentivo às vítimas de abusos a dar testemunhos no Twitter.

Oprah falou ainda da iniciativa Time’s Up, fundo de defesa legal que já arrecadou milhões para proporcionar apoio legal subsidiado a mulheres e homens que foram sexualmente assediados, agredidos ou abusados em seu local de trabalho.

Mais de 300 atrizes, roteiristas, diretoras, agentes e outras executivas da indústria do entretenimento fazem parte do movimento para enfrentar o assédio sexual generalizado em Hollywood.

A homenageada do Globo Ouro aproveitou a ocasião para fazer uma homenagem a Recy Taylor, que morreu no último dia 28 de dezembro, aos 97 anos.

Em 1944, Recy, que era negra, foi sequestrada e estuprada por seis homens brancos quando voltava da igreja, em uma cidade no Alabama, e depois abandonada, de olhos vendados, na beira de uma estrada. Na época, houve protesto por justiça, mas não houve condenação pelo crime.

“Por muito tempo, mulheres não foram ouvidas e foram desacreditadas. Ela [Recy] viveu, como muitas de nós vivemos, muito tempo em uma cultura destroçada por homens brutalmente poderosos. Por muito tempo, as mulheres não foram ouvidas e foram desacreditadas se elas ousassem falar a verdade diante do poder daqueles homens. Mas o tempo deles acabou.”

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Oprah para presidente?

Segundo a CNN, relatos de amigos de Oprah indicam que ela está “ativamente pensando” em concorrer à presidência dos Estados Unidos.

As fontes da emissora pediram anonimato, mas afirmam que pessoas próximas a Oprah insistem que a apresentadora concorra há meses. Ela ainda chegou a uma conclusão a respeito.

A corrida presidencial para 2020 do Partido Democrata começa oficialmente depois das eleições de meio de mandato que acontecem em novembro de 2018.

Fonte: G1

Foto: GettyImages