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São Paulo

Os cortes de 23% anunciados por João Doria, governador de São Paulo, na verba da Cultura já começam a ter efeito negativo.

Além do Projeto Guri, que promovia cursos gratuitos de música a crianças e adolescentes, o próximo a sentir o impacto será o Museu Afro Brasil, equipamento público com foco na importância das origens africana na formação do patrimônio, identidade e cultura brasileira.

Na internet, Zezé Motta, Camila Pitanga, Luis Miranda, Mariana Nunes e outros tantos artistas se manifestaram em favor da preservação do Museu Afro Brasil.

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Criado em 2004 a partir da coleção particular do artista plástico Emanoel Araujo, curador do museu, o espaço reúne um acervo de cerca de 500 itens históricos, tais como pinturas, objetivos, mapas, fotografias, esculturas e instalações, entre outros, além de uma biblioteca com 12 mil livros e da realização de cursos, oficinas e eventos. Mais de 180 mil pessoas visitam o museu anualmente, dos quais 40 mil estudantes.

Resposta:

Em nota, a Secretaria de Cultura afirmou que Dória publicou, nesta quarta-feira (10), em suas redes sociais, um vídeo que esclarece a polêmica acerca do contingenciamento de aproximadamente 23% no orçamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. ‘Sobre notícias que estão circulando sobre um suposto corte no orçamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, não é verdade que vamos cortar serviços e programas desta pasta, nem fechar espaços culturais. Nada será fechado, nada será interrompido na Cultura’, garantiu o Governador.

Dória explica que “toda a polêmica ocorreu porque anunciamos recentemente que será preciso fazer um contingenciamento no orçamento do Governo por conta de um déficit de R$ 10.5 bilhões. Fizemos uma avaliação criteriosa e, na Cultura, nenhum corte será feito”, assegura Doria. O governador diz ainda que o déficit será resolvido com a extinção de estatais, cortes de cargos em comissão e transferência dos ativos onerosos do Estado à iniciativa privada via PPPs, concessões e privatizações.