Viviane Araújo, que está grávida do primeiro filho com marido, o empresário Guilherme Militão, contou em uma entrevista, mais sobre o seu processo de inseminação. Ela fez uso de ovodoação, já que aos 47 anos não produz mais óvulos.
Mas afinal o que é a Ovodoação?
A ovodoação consiste em uma técnica de reprodução assistida na qual a futura mãe (mulher receptora) realiza um procedimento de fertilização in vitro (FIV) onde é utilizado o óvulo de uma doadora anônima mais jovem com características físicas semelhantes.
Todo o processo é seguro e não oferece riscos nem para as doadoras nem para as receptoras.
O critério na escolha das doadoras, principalmente em relação à idade, aumenta a chance de gravidez a partir do processo de ovodoação. Isso acontece porque, aos 25 anos, existe uma possibilidade de 25% de a mulher engravidar naturalmente. Essas chances diminuem conforme a idade aumenta: aos 30 anos é de 22%; aos 35 anos, de 12%; aos 40, de 5%; e aos 45 anos, de apenas 1%.
Portanto, se uma paciente com mais de 40 anos receber óvulos de uma doadora jovem, as chances de engravidar aumentam até cinco vezes. Com isso, a taxa de gestação com óvulos doados é de 50 a 60%. Lembrando também que a gestação por meio de ovodoação com gametas mais jovens e saudáveis diminui o risco de o bebê nascer com Síndrome de Down. O mesmo se aplica a qualquer outra alteração genética, pois a incidência dessas ou outras anomalias é maior em mulheres com idade avançada.
Viviane Araújo
Pela minha idade e pelo meu histórico, por ter tomado muito hormônio, já não ovulava mais, estava numa pré-menopausa.Tudo isso tornava difícil eu engravidar normalmente. Aí a gente procurou uma clínica de reprodução”
O processo de fertilização começou durante a pandemia, em 2020. “O médico explicou o processo da mulher, quando começa a ovular. E quando ela está bem madura, o óvulo já não é tão saudável depois de uma certa idade. E com o homem é totalmente o contrário. Com 60, 70 anos ele pode fazer filho (risos). E aí ele (o médico) falou da ovodoação. É uma esperança para nós mulheres que passamos por todo esse problema. Falei: ‘Doutor, eu não tenho problema nenhum se meu óvulo tiver que ser doado’”, adiantou.
Vivi fez todos os exames, tentou a primeira inseminação em novembro de 2021, mas não vingou
“Em dezembro, a Bruna, minha enfermeira, conseguiu uma doadora compatível. Ainda fiquei meio assim porque era final de dezembro, viria o Réveillon que a gente tinha programado, aí veio o carnaval que seria em fevereiro. Cheguei a falar: ‘Ah, amor. Acho melhor deixar para depois do carnaval, que vou ficar mais tranquila’. Em 16 de dezembro, a gente fez uma segunda tentativa e aí deu certo. Fiz o exame dia 24 de dezembro e constatei que estava grávida”, lembrou.
A atriz contou que sentiu que estava grávida antes dos exames com os sinais que seu corpo ia dando. “O peito ficou com uma dor horrível, o bico ficou pontudo, diferente. Está mudando meu corpo? Ok. Mas está maravilhoso do mesmo jeito. Eu estou feliz e está tudo certo. A minha saúde e a do meu bebê é o que importa neste momento”, comemorou.
Por conta da idade, ela faz uso de medicamentos que ajudam a “segurar a gestação” até o nono mês. “Fiz questão de expor, de falar, porque tem mulheres que não aceitam. O marido não aceita, a família… Às vezes, por questões religiosas… Comecei a ouvir algumas coisas e é bem assustador. A ovodoação é um caminho que nós temos”, reforçou.
Fotos: Instagram
@araujovivianne
Por: Míriam Freitas
Colunista Social