Na última segunda-feira (28), foi lembrado o Dia Internacional da Luta pela Saúde da Mulher, com isso, o Ministério da Saúde implantou a Semana de Mobilização Nacional pela Saúde das Mulheres no SUS, que será celebrada até o próximo dia 31 de maio.
Este ano, o tema será a redução da mortalidade materna, um importante indicador de saúde da população feminina. Durante um evento na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Ministério da Saúde divulgou que a meta é reduzir a mortalidade materna para 30/100 mil nascido vivos até 2030 para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2015/2030, compromisso internacional assumido pelo país.
A morte materna é qualquer morte que ocorre durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto. Ela pode ser decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez, porém não devida a causas acidentais ou incidentais. Em torno de 92% das mortes maternas são por causas evitáveis e ocorrem, principalmente, por hipertensão, hemorragia ou infecções.
Entre os anos de 1990 e 2015, a redução na razão de mortalidade materna no Brasil foi de 143 para 62 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. O que representou uma diminuição de cerca de 56%. Esta redução tem sido reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao destacar que houve avanços significativos desde a década de 90 nas políticas públicas de saúde.
Para reduzir a morte materna, o Ministério da Saúde tem implementado políticas para fortalecer a humanização do atendimento das gestantes. Entre elas, está a melhoria durante o pré-natal. Agora, o acompanhamento da mãe e do bebê, começa bem mais cedo, no início da gestação. Além disso, durante o nascimento e pós-parto, a atenção básica e a emergencial têm sido aperfeiçoadas também.
Durante a gravidez, é importante também que as mulheres estejam atentas aos sinais de dor de cabeça ou dor na nuca, visão turva, sangramento pela vagina ou febre. Nestes casos, é necessário buscar com rapidez uma unidade de saúde mais próxima. Outros sinais que também devem alertar a gestante a procurar assistência, a fim de diminuir os riscos para si própria como para o bebê, são inchaço nas pernas ou braços, corrimento ou secreção vaginal com odor desagradável, ardor ao urinar.
Importância do parto normal e humanizado
A Rede Cegonha trabalha para aconselhar as gestantes sobre os benefícios do parto normal, destacando que a cesárea deverá ser realizada somente quando for necessária. As ações do Ministério, com vistas à mudança do modelo de atenção ao parto e nascimento com práticas baseadas em evidências científicas e a valorização do protagonismo da mulher na hora do parto, têm contribuído para reduzir a taxa de cesárea no Brasil. Desde 2000, as taxas de cesárea apresentavam uma tendência de aumento alcançando 57% em 2014 com redução para 55,5% em 2015.
Informações: Ministério da Saúde
Foto: Pixabay
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