O ator catarinense tem sua carreira marcada pelo teatro, mas tem se destacado nas telinhas da tv, em “A Terra Prometida”
Como você entrou no meio artístico?
Sempre fui envolvido com a cultura e com a arte – desde criança tive uma relação com a música a partir da família e através da arte da capoeira cheguei ao teatro – alguns anos de teatro amador e depois segui pra carreira profissional.
Com quantos anos você decidiu que queria seguir carreira?
Com 20 anos de idade, depois de ter realizado algumas peças de teatro e curtas-metragens, decidi sair de Florianópolis/ SC onde minha família mora e seguir pra SP e Rio pra dar continuidade a minha formação e iniciar a carreira profissional.
Qual sua formação acadêmica?
Sou formado em Comunicação Social, mas desde antes de me formar já sabia que seguiria a carreira de ator.
Quais pessoas lhe inspiram?
Meu pai é um cara que me inspira na vida, me inspira muita força de vontade e trabalho. Nas artes são muitas as referências – O ator Yoshi Oida, pela percepção que tem acerca do ofício do ator – a atriz Georgette Fadel, e toda viva e intensa beleza dionisíaca de seu trabalho – e o parceiro Marcos Winter, pela generosidade e entrega em cada cena.
Você é muito assediado pelas mulheres? Se sim, isso lhe incomoda?
Com a televisão cresceu a visibilidade do meu trabalho e o assédio das pessoas é conseqüência disso. Vejo com muita naturalidade essa demonstração de carinho e admiração por parte de quem acompanha meu trabalho.
O que a fama mudou na sua vida e como você lida com ela?
Sou uma pessoa muito tranquila quanto a isso e ainda estou no inicio de minha carreira, sobretudo no que diz respeito à TV. Mas percebo que aumentou muito o número de pessoas que meu trabalho atinge, muitas pessoas nas redes sociais me procuram pra comentarem sobre “A Terra Prometida” e com o crescimento da visibilidade também aumentaram os convites para próximos projetos. É só o começo e estou muito feliz com tudo isso.
Como foi conseguir o papel para “A Terra Prometida”? Como se preparou para este desafio?
Há anos atrás ou autor, Renato Modesto, conheceu meu trabalho no teatro – de lá cá sempre tivemos a vontade de trabalhar juntos. Durante a pré-produção de A Terra Prometida, fui chamado pra fazer os testes e em seguida chegou o encontro com Kadmo. Boa parte da preparação se deu junto com a equipe da novela – encontros com historiadores e treinamentos de montaria e lutas com espada – alguns encontros no início das gravações também foram essenciais pra encontrar o personagem Kadmo.
Têm planos ou projetos futuros para sua carreira após a “A Terra Prometida”?
Sou um artista que veio do teatro. Ainda nesse segundo semestre está prevista a estreia do monólogo musical – Jorge das Maravilhas, com direção de Heron Coelho. Já na sequência, no começo do próximo ano a parceria artística com Leticia Tomazella e Clarice Niskier trará mais bons frutos aos teatros brasileiros. Na televisão já existem alguns convites, ainda nada fechado, mas o retorno à TV será em breve.
Faz algum esporte e segue dieta?
Pratico capoeira ha quase 20 anos. Pra além de esporte é uma arte que contribuiu muito para aquilo que sou hoje. Foi minha porta de entrada na arte e no teatro. Curto muito praticar esportes: surfe, uma boa corrida na praia e um futebol com os amigos são sempre muito bem vindos.
Busco me alimentar de maneira consciente, sem exageros e da forma mais saudável e natural possível, mas também sem encanar com algum tipo de restrição.
Qual o personagem que mais marcou sua carreira? Tem algum favorito?
Gosto muito de viver e focar no momento presente. Presentificar um personagem, seja ele qual for, exige muito do ator. Estou adorando fazer o Kadmo e viver neste tempo tão distante do nosso.
No teatro o personagem Tonho – 2 Perdidos numa Noite Suja de Plinio Marcos – marcou minha estreia nos palcos. E o próximo, Julinho da Adelaide – já está movimentando minha vida e certamente vai fazer muito barulho em sua estreia.
Tem algum ídolo? Quem? Por que?
Tenho como ídolo O Artista popular brasileiro, que mesmo com todas as adversidades seguem fazendo sua arte e dando vida e força à cultura do nosso Brasil. Meu respeito e admiração ao já esquecido mas não menos importante, Julinho da Adelaide – que pra mim sintetiza a condição do artista brasileiro.