Por Ana Maria de Sousa
No desfile da Chanel outono-inverno 2017, no Passeio do Prado, em Havana, predominou texturas, listras, camadas, cintura marcada, transparências, laçarotes, brilho e uma profusão de acessórios (três voltas de colares), cores opacas e vibrantes, preto e branco, privilegiou o estilo “boyhish”, principalmente pelos sapatos masculinos, usado por mulheres, alfaiataria chic, por aí vai e muitas entrelinhas.
Boa parte dos modelos na passarela usavam boinas pretas; o chapéu panamá – popular entre os fazendeiros cubanos – e o legítimo charuto.
Até as duas peças vermelhas, da convidada especial Gisele Bundchen (saia longa exuberante e blusinha cropped) e aquela boina, de certa forma parecia reverenciar a terra de Fidel Castro. Seria aquele acessório preto na cabeça, uma homenagem explícita a Che Guevara? Politicagem à parte, o estratagema do conde Karl Lagerfeld foi encantar com o bucólico delirante, ao som da orquestra Rumberos de Cuba e os carros Bel Air, da Chevrolet, fabricados entre 1953 e 1975, que transportaram os convidados da primeira fila.
Além de Gisele, Tilda Swinton, o rapper Pitbull e Vin Diesel, o protagonista de “Velozes e Furiosos”. O ator está rodando o sétimo filme na cidade. Aventuras à parte, dom Largefeld lança, em breve, uma coleção de joias, com o seu nome. Aí, vem outro “bafão”.