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arte & cultura

“Irmãozinho Querido”, com texto e direção de Flavio Marinho, estreou ontem no Teatro Sesc Ginastico. No elenco, Marcos Breda, Alice Borges e Leonardo Franco.

A comédia, com viés autobiográfico, passeia pelas contradições, amor e rivalidade da relação entre irmãos, e começou a ser escrita há cinco anos, quando Marinho perdeu seu irmão.
Estiveram presentes Claudia Mauro, Lu Grimaldi, Claudio Lins, Edwin Luisi, Antônio Pedro, Françoise Forton,  Luciana Braga, Paulo Reis, Theresa Amayo, entre outros.

O assunto que predominava entre os convidados era a eleição do dia seguinte, e Flavio não deixou passar em branco, fazendo uma convocação ao público no final do espetáculo, para que todos votassem pela democracia, pela cultura e pela nossa identidade como nação, sendo calorosamente ovacionado.

“De Abel e Caim aos Irmãos Coragem, dos Irmãos Marx e Lumière a Brothers & Sisters, irmão dá pano pra manga. Até que ponto você seria a mesma pessoa se não tivesse existido aquele irmão – ou irmã – para roubar a atenção de seus pais? Que limites separam a fraternidade da rivalidade?” 

Essas perguntas moveram o autor e diretor Flavio Marinho em direção ao seu novo espetáculo, “Irmãozinho Querido”, que estreia dia 25 de outubro no Teatro SESC Ginástico, trazendo no elenco Marcos Breda, Alice Borges e Leonardo Franco.

“Irmãozinho Querido” trata da importância e das conseqüências da presença – ou da ausência – deste “outro” em nossas vidas. A partir da rivalidade entre irmãos, a peça fala, através de um olhar bem-humorado e amoroso,  sobre o limite tênue que separa a verdade da mentira, e de como a passagem do tempo atua sobre nossas lembranças.

Ao contar a história do embate entre dois irmãos quando um deles deseja encenar a vida do outro no teatro, levanta-se a questão: até que ponto podemos nos apropriar da vida alheia em nome da criação artística? A partir de que ponto a inspiração dá lugar à invasão?

“A complexidade da presen

ça do irmão se exerce mesmo na sua ausência – quantos filhos únicos você conhece cujo maior desejo é que tivesse existido um “irmãozinho querido” em suas vidas? ‘Irmãozinho Querido’ deixa claro que as relações humanas não são fáceis. Seja pai e filho, dois irmãos, um casal ou mesmo dois amigos, este relacionamento é algo que merece a sua atenção, disponibilidade, paciência e o cuidado que se dispensaria a uma avenca. Ou seja, dá trabalho. Espero que ‘Irmãozinho Querido’ demonstre que, com afeto e compreensão, a fraternidade pode ser conquistada. Divirtam- se.”, convida Flavio Marinho.

SINOPSE
Léo (Leonardo Franco) e Raul (Marcos Breda) são dois irmãos bem diferentes: Léo é  divorciado, ator e autor de teatro, talentoso, inteligente, autocentrado e bem sucedido. Raul é casado, pai de dois filhos, dono de uma cadeia de lojas de eletrodomésticos, um sujeito generoso e solidário.
O relacionamento entre os dois se complica  quando Raul descobre que Léo está ensaiando uma peça intitulada, justamente, “Irmãozinho Querido”. Raul não gosta nada da ideia, não quer ter sua vida devassada no palco. Disposto a impedir a realização da peça, invade o ensaio para um ajuste de contas com o irmão que, por sua vez, está determinado a seguir em frente. No meio da contenda familiar, sem ter nada a ver com o acerto entre os irmãos, está a diretora Muniz (Alice Borges), que acaba virando, involuntariamente, juiz de um embate repleto de lembranças e antigos ressentimentos.