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saúde

A hidratação da pele é um processo indispensável na rotina diária de qualquer pessoa. Ela ajuda a equilibrar a quantidade de água certa em nosso corpo e cútis, deixando-a com a aparência mais saudável e bonita, além de protegida de agressões que podem provocar ressecamento e até mesmo dermatite. Porém, apesar de quase sempre relacionada à beleza, a hidratação possui aplicações que vão além da questão estética, sendo importante, sobretudo, nos processos pós-operatórios. “A pele se torna mais vulnerável quando não está devidamente hidratada, podendo culminar em descamação e aumento de sensibilidade, além de ficar mais suscetível a doenças causadas por micro-organismos”, afirma o Dr. Mário Farinazzo, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Entre os problemas associados à desidratação da pele estão o aumento de sensibilidade, a rosácea, dermatite atópica, psoríase, efeito rebote de oleosidade, falta de viço e elasticidade, descamação e outros.

Se esses problemas são prejudiciais à pele normalmente, nos períodos pré e pós-cirúrgicos eles podem apresentar danos adicionais, principalmente quanto à cicatrização. “O processo de cicatrização é a forma do organismo garantir a integridade da pele após uma agressão. Muitos fatores influenciam o resultado, desde a predisposição genética até aspectos externos que podem causar a má formação da cicatriz”, explica o médico. As ocorrências desagradáveis mais comuns da cicatrização são as cicatrizes hipertróficas e as queloidianas. “São cicatrizes salientes, maiores que a região inicial, com endurecimento, pigmentação mais forte e que podem, em alguns casos, causar coceira e dor”, completa.     

Para evitar esses problemas, é fundamental a hidratação antes e depois da cirurgia. Segundo o cirurgião plástico, a hidratação melhora a espessura e a maciez da pele, facilitando manobras cirúrgicas e favorecendo também o processo de cicatrização. Ao hidratar o tecido que sofreu estiramento, reduz-se as chances de formação de cicatrizes de aspecto indesejado. “Um processo de       formação de queloide, por exemplo, pode exigir a realização de uma cirurgia reparadora com o objetivo de alcançar a estética desejada”, alerta o Dr. Mário. Portanto, os cuidados de hidratação devem ser seguidos em todas as épocas do ano, especialmente no pré e pós-cirúrgico. Como a cirurgia plástica demanda planejamento, os cuidados podem ser iniciados com antecedência. Entre as substâncias recomendadas estão: vitaminas E e B5, água termal, ácido hialurônico, manteiga de karité, ureia, ceramidas, óleos vegetais e glicerina. É importante conversar com o cirurgião plástico responsável para verificar qual o tipo de hidratante mais adequado ao seu tipo de pele.

Além da hidratação, o pós-operatório exige também outros cuidados para um resultado mais adequado e saudável, segundo o cirurgião. “Evite o tabaco até dois meses depois da operação, pois a substância é prejudicial ao processo cicatricial. Alimente-se com opções saudáveis e naturais, evitando açúcar e gordura. Beba bastante água, pois, além da pele, o organismo também precisa estar bem hidratado. Evite exposição solar, principalmente na região operada, para excluir o risco de abertura da cicatriz e a formação de manchas, além de ressecamento e realize atividades físicas somente após autorização médica”, finaliza o Dr. Mário Farinazzo.