Antes de falarmos sobre feminicídio é necessário entender a diferença de um feminicídio para um homicídio.
O feminicídio é caracterizado pela morte de uma mulher a partir da ideia de dominação sobre ela. Se um ladrão matar uma mulher em um assalto, é crime de latrocínio, mas, se um ex-marido, mata a ex- esposa por não aceitar o fim do relacionamento, este crime, é caracterizado feminicídio.
Só no primeiro trimestre de 2019, o índice de feminicídios subiu 76%, em relação ao mesmo período de 2018. Em contrapartida, os homicídios caíram, o que significa que as agressões contra as mulheres, acontece mais dentro de casa, do que na rua. Diante desse cenário, o Governo do Estado de São Paulo autorizou a ampliação do horário de atendimento nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM’s), Ao todo o Estado conta com 133 DDMs, sendo nove na capital, 16 na Grande São Paulo e 108 no interior, mas nem todas, ainda, tiveram alteração no seu horário de funcionamento.
Segundo a Coordenadora de Políticas para Mulher da prefeitura de Santos, Diná Ferreira, havia uma reivindicação quanto ao horário de funcionamento das DDMs, pois muitas vezes a violência ocorre no fim de semana, como também à noite e a mulher encontrava dificuldades para denunciar, dessa forma ela tem condições de fazer o boletim de ocorrência em qualquer horário.
“As mulheres estão denunciando mais, pelo conhecimento da Lei e também por não aceitaram mais conviver com a violência”, salienta a coordenadora.