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Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Existem vários tipos de família, além da tradicional estrutura familiar denominada nuclear ou elementar. As transformações culturais e sociais proporcionaram a existência de estruturas familiares diferentes.

Uma família pode ser constituída por apenas um pai ou mãe que criam seus filhos sozinhos, pode ser constituída por casais homossexuais que optam pela adoção ou até mesmo por terem seus filhos com inseminação artificial, em alguns casos pode se ter a família comunitária, onde todos os adultos são responsáveis pela educação da criança, e assim por diante.

Mas o que determina a relação familiar? Como podemos entender tamanha diversidade dentro de um mesmo universo? Existe uma regra? Como perceber dentro da própria família as diferenças e aceitá-las isolando o julgamento sobre o comportamento?

São perguntas que me faço diariamente ao observar o comportamento das pessoas dentro de seus núcleos familiares. Conheço família que não se envolve que se reúne para encontros pontuais, mas que não ultrapassam suas fronteiras imaginárias, outra que pelo contrário, tudo é resolvido dentro da família, com aquela lavação de roupa suja, dramas, choros e depois aquele abraço fraternal que supera qualquer diferença, tem aquela que resolve tudo no material, quando a casa cai, ao invés de discutir o problema, prefere o silêncio e depois quando a poeira baixa um presente resolve.

Cada família tem o seu jeito e como a vida é perfeita, vai emprestando para cada família um ser humano que tem uma ou outra particularidade para assim todos evoluírem e aprenderem. Mas não é fácil a convivência com tantas expectativas, com tanta diferença, e mesmo aqueles que se assemelham acabam tendo que aprender como filtrar sentimentos que se confundem como amor x posse x controle.

Quando escolhemos os amigos que muitas vezes acabam nos remetendo ao sentimento de família, aceitamo-los como são, com suas manias esquisitas, suas alegrias fora de hora, suas invadidas, seus devaneios e até mesmo quando brigamos, fica mais fácil de perdoar. Por que será? Tenho uma teoria de que é a desobrigação, a leveza de não se sentir culpado por não poder corresponder à expectativa, a liberdade de ter escolhido estar com aquela pessoa que um dia você encontrou e simpatizou e foi conhecendo aos poucos, percebendo – a sem ter a obrigação disso ou daquilo.

Na família, esse amor é de certa forma imposto desde o dia em que nascemos. Por exemplo: a criança é filha única e de repente se depara com a chegada de outra criança, seus pais imediatamente a estimulam a amar aquele outro ser que está chegando. E se a criança tem uma reação de rejeição, ciúme, se revolta, pronto, é uma confusão. E assim sucessivamente na convivência diária com os primos, tios, tias, e todos os familiares. Não se pode dizer que não gosta de um familiar, que simplesmente não simpatiza, não tem afinidade, na maioria dos casos isso é inaceitável, pois é da família, sangue do seu sangue e por aí vai.

E onde fica o Amor? A empatia? A liberdade de escolha?  A vontade própria de decidir se quer ou não se relacionar?

Esse é o desafio. Hoje em dia existe o Dia da Família, fui pega de surpresa quando meu filho me convidou para ir ver a minha neta dançar na festa da família de sua escola. Cheguei e estavam lá todas as famílias em suas diversas composições. As crianças se apresentaram dançando e entoando a música Família da banda Titãs. Minha neta de 4 anos, usava uma camiseta, que provavelmente foi pintada por ela com a palavra Família e uma luvinha em cada mão onde nas pontas dos dedos estavam desenhados por ela os membros da sua família. Fiquei ali observando as pessoas com seus celulares a postos, inclusive eu, para registrar aquele momento que simbolizava  o reconhecimento do significado da família. Tenho a percepção do quanto esses encontros são importantes para valorizarmos e fortalecermos  cada vez mais os laços familiares.

O Dia da Família é todo dia, deve ser comemorado a cada noite onde todos estão seguros em casa e a cada manhã quando acordamos e podemos juntos desfrutar da companhia uns dos outros antes de sairmos para a vida.

O Dia da Família deve ser comemorado a cada sonho realizado por alguém, a cada conquista, a cada nascimento e principalmente deve ser comemorado quando há aceitação, quando se exerce o verdadeiro amor incondicional, sem cobranças e imposições,  sem julgamentos, onde o choro e a alegria se misturam ao perdão, onde não existe erros ou acertos, apenas o entendimento de que estamos juntos para evoluirmos.

Fica aqui o meu desejo para que a sua família seja A Mais Influente inspiração de amor.