O aumento irreversível de posições femininas no mercado de trabalho está mudando o cenário antigo nas empresas, onde as equipes eram, em sua maioria, formadas por homens.
Mais que cargos iniciais, as mulheres já estão ganhando espaço em funções de gestão, diz o especialista em Recursos Humanos Fabio Sartori, da Sartori DHO. “Principalmente para tarefas administrativas, a mulher sai na frente. Desenvolve mais rápido, entregam resultados com qualidade muito superior aos dos homens”.
Para Sartori, que realiza cursos de aperfeiçoamento profissional (coaching), as mulheres apresentam perfil muito mais competitivo e disposto a aprender. “Não tem tempo ruim. A mulher é mais forte para se adaptar, correr atrás, se reinventar profissionalmente. O homem parece que espera o calo apertar, a água bater no pescoço”.
Dentre os que procuram cursos com o especialista, 70% são mulheres. “Por vários motivos. Primeiramente, muitas delas precisam prover a casa e criar os filhos sozinhas. Em outros casos, a mulher pode até ser casada, mas não quer depender do salário do marido. E, por fim, a maior parte delas quer conquistar um papel de protagonismo na área que escolheu exercer. Por isso, o aperfeiçoamento”.
Apesar disso, segundo a última medição do IBGE, em 2016, os números de chefia estavam em 39,1% para as mulheres e 60,9% para os homens. Já em relação ao Ensino Superior, as mulheres são maioria, com 21,5% para elas, contra 15,6% dos homens.
Como dica (para mulheres e homens também), o especialista sugere estudos de competências comportamentais. “Idiomas são importantes, sem dúvida. Mas a maneira como você lida com o outro, consigo mesmo, espírito de liderança… Muitas vezes são essas características que definem a escolha de um ou outro profissional na hora da contratação”.