O empoderamento feminino está ganhando cada vez mais espaço, principalmente nas redes sociais, onde são lançadas diversas campanhas que incentivam pessoas a se aceitarem como são.
Como por exemplo, o body positivity, movimento que busca fortalecer o amor próprio e a pluralidade de beleza. Muitos famosos e influenciadores abraçam essas causas para inspirar, principalmente através das redes sociais, aqueles que os acompanham.
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Aceitação
Ano passado foi possível observar o aumento de mulheres que decidiram optar por sua naturalidade, seus cachos e passaram pela transição capilar. Apesar de não ser uma tarefa fácil desapegar do alisamento – principalmente para quem depende dele há anos – a tendência de fios naturais, com cachos e texturas chegou às passarelas, campanhas de moda e se tornou discussão na internet.
Rayza Nicácio é uma youtuber expert no assunto e costuma dizer que na verdade foi a moda que se rendeu ao movimento do estilo de cabelo natural. Para ela, assumir os cachos resulta em um processo de autoconhecimento muito forte.
Além de Rayza, também podemos citar outros nomes de mulheres que passaram pelo mesmo processo de mudança, como Ludmilla, Bruna Vieira, Alexandra Loras, Carla Lemos e Taís Araújo.
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Duas hashtags que indicamos para quem está buscando sobre o assunto é #TransicaoCapilar e #BigChop, são cerca de 100 mil pessoas falando sobre o assunto.
Algumas dicas
Consciência é o primeiro passo para quem decide entrar na transição. É preciso ter consciência de todo processo e do momento. Além da aparência, a mulher também está mudando a vida dela, a maneira como se vê na frente do espelho. Trata-se de uma mudança emocional e social.
Paciência, pois os três primeiros meses são os mais desconfortáveis e críticos, após esse período, algumas ainda apostam no Big Chop, um corte de cabelo que tira todos os fios que ainda estão lisos.
Coragem, porque os fios que estavam sendo processados enfraquecem e caem. Haverá muito cabelo no ralo, no chão, no travesseiro, é normal. É importante frisas: às vezes o fio quimicamente tratado está tão danificado que corrompe o natural que está crescendo.
Grupos de facebook como o Rotina Saudável, Cronograma Capilar ensinam muita coisa bacana e são uma ótima fonte de conhecimento para quem está entrando nessa nova fase. Neles rolam bastante informação legal – e principalmente – relatos de outras meninas/mulheres. Você não estará sozinha.
Relatos de meninas em transição
Giulia de Felippo Moretti, de São Paulo, contou que decidiu fazer a transição nessa onde se ‘aceitação’, ela não queria mais ficar escrava do secados, da chapinha e da progressiva “que além de estragar muito o cabelo, nada mais é do que aceitar os padrões de beleza impostos pela sociedade”.
Ela ainda está passando pelo processo e afirma não tem sido fácil. “É demorado e enquanto o cabelo está metade liso, metade ondulado, dá um certo desespero”.
Quando Giulia tem algum compromisso importante ela acaba fazendo uma escova. Mas, em dias comuns e o cabelo a incomoda, ela apenas prende em um coque alto ou rabo de cavalo. Uma dica dela é o cronograma capilar para que ele fique mais saudável, cresça forte e rápido.
A Giu deu um recado: “Apenas façam. Tenham em mente que vai demorar, vai ser chato, mas não desistam. É impressionante como as meninas que passaram pela transição ficaram muito mais lindas com o cabelo natural. A nossa natureza combina muito mais conosco do que qualquer outra coisa. Valorizem o que vocês têm, sintam orgulho do que vocês são e se joguem, conquistem seu espaço. É libertador!”
Gabriela Batista decidiu passar pela transição já que ia passar um tempo no exterior e tinha medo de fazer alguma química com alguém que não conhecesse ou que utilizassem algum produto diferente. O processo foi longo e ocorreram alguns desgastes. Ela alisava o cabelo desde os 13 anos e já estava bem acostumada com o visual.
“Para começar eu cortei ele na altura do ombro, para ficar o mínimo possível de cabelo com progressiva. Porém, ainda tinha bastante! Eu vivi com chapinha por quase um ano porque me incomodava muito a raiz diferente do comprimento. Ao longo desse tempo fui pesquisando produtos, locais que cuidasse de cachos, dicas de como finalizar, como passar os produtos e tudo mais”.
Gabi contou que o processo foi longo e cansativo, mas que vale a pena. Hoje se sente bem livre com os cachinhos de volta, aprendeu a se ver novamente com eles e a cuidar para ter eles do jeito que a agrada.
Ela afirma não gostar de volume, mas sim de definição, então busca alternativas para que o cabelo fique do jeito que gosta. Seu recado para as meninas que ainda estão na dúvida sobre abraçar as madeixas natural é: Paciência!
“Procurem produtos e façam teste. Eu mudei várias vezes de shampoo, condicionador e creme para pentear até achar algum que mantivesse a hidratação e deixasse com forma! Corte seus cachos com especialistas!! De preferência aqueles que cortam a seco, o investimento é um pouco maior, mas vale muito a pena!”.
Foto: Divulgação