PUBLICIDADE

Edição Mais Mais Mais

Foto: Divulgação

Por Bárbara Farias

Aos 11 anos de idade, estudante da sexta série do Colégio Salesiano Santa Teresinha, a paulistana Giulia Barreto Benite já sabe qual é a sensação de ser uma estrela de cinema. Ela interpreta nada menos que a personagem brasileira mais icônica dos gibis, a Mônica, no filme “Turma da Mônica: Laços”.

Desde o início da temporada de pré-estreias do longa-metragem que levou os personagens de Mauricio de Sousa às telonas, Giulia e seus colegas de elenco têm viajado pelo país , e onde vão são ovacionados por crianças e adultos.  

Dirigido pelo indicado ao Oscar, Daniel Rezende (montagem de Cidade de Deus), “Turma da Mônica: Laços” estreou nos cinemas na última quinta-feira (27) e teve pré-estreia na abertura do 4⁰ Santos Film Fest – Festival Internacional de Filmes de Santos, em Santos, na quarta-feira (26). Giulia Benite (Mônica), Kevin Vechiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão) foram a sensação da noite.

Na trama, Floquinho, o cão do Cebolinha, desaparece. Triste, Cebolinha decide procurar o seu cãozinho por conta própria. Então, os amigos Mônica, Magali e Cascão se unem a ele numa aventura lúdica e divertida na qual se prova o verdadeiro valor da amizade.

Foto: Divulgação

Você tinha o sonho de ser atriz?

Eu sempre quis ser artista, via minha irmã no teatro e ajudava ela a decorar textos. Sempre gostei de me gravar. Costumava fingir que estava dando entrevistas e que era uma atriz famosa.

Você já era atriz antes de interpretar a Mônica?

Eu tinha feito apenas dois testes antes de passar para fazer a Mônica. Em um deles, eu fui até a última etapa, mas não passei. O outro eu também quase consegui, então, isso me deixou muito confiante que eu levava jeito. Fiquei muito segura para fazer o teste para a Mônica.

Você já fazia parte deste mercado artístico? Já fazia parte de alguma agência publicitária de talentos para comerciais e fotos infanto-juvenis?

Minha mãe havia me colocado em uma agência, mas quase não tinha testes.

Você já era fã da Mônica e sua turma? Já leu os gibis da Turma da Mônica?

Eu era muito fã da Turma da Mônica. Na minha escola, sempre que acabávamos uma lição, a professora pedia para pegar um gibi para ler. Às vezes, eu fazia a lição correndo para poder ler o gibi… e sempre que tinha bienal do livro eu ficava horas na fila para pegar autógrafo do Mauricio de Sousa porque era muito fã dele.

Como surgiu o convite para participar da seleção para interpretar a Mônica no cinema? No início já era para o papel da Mônica ou os testes também era para o papel de Magali?

O teste para o filme veio para a minha irmã, mas como ela era alta, estava fora da altura que precisava para o papel. Minha mãe resolveu me levar no lugar dela. Nós tínhamos que levar uma camiseta amarela e uma vermelha, e ir com o texto da Magali e da Mônica decorados, só que quando eu cheguei o produtor de elenco me perguntou se eu queria começar pela Mônica ou Magali. Eu disse que queria começar pela Mônica e, quando terminei o texto, ele me pediu para fazer o da Magali, e eu disse que não queria, disse que queria fazer só o da Mônica (risos). Quando eu saí da sala, minha mãe me disse assim: filha, você diminui suas chances, deveria ter feito o teste para a Magali também, e eu respondi que estava mais segura para fazer a Mônica (risos).

Foto: Divulgação

Como foi a seleção para o papel e com quantas meninas você disputou? Quando foi a seleção?

Foram seis meses de testes e começaram em 2017, em abril, e conforme íamos passando, vinham novos textos para serem decorados. Foram mais de 7.500 crianças inscritas para os quatro personagens. Eu não sei quantas eram para a Mônica. Na última etapa, ficaram 14 crianças, sendo três meninas para a Mônica.

O que você sentiu quando recebeu a notícia que foi escolhida para o papel de Mônica? Quem lhe deu a notícia?

Foi o próprio Mauricio de Sousa que deu a resposta. Tínhamos ido para mais um teste (era o que tinham dito pra nós) e, então, o Mauricio entrou na sala, disse que aquilo não era um teste e que ele queria anunciar que nós tínhamos sido os escolhidos. Foi muito emocionante! Eu olhei para a minha mãe que estava chorando, e eu também chorei, tem até um vídeo no YouTube da Turma da Mônica que mostra esse momento.

Como foram as gravações?

A gente se divertia muito nos bastidores, eram quatro crianças juntas e mais um monte de adulto, que eram mais crianças que nós! Inventamos muitas músicas, muitas dancinhas, piadas internas, mas, na hora de gravar a gente pegava firme também. Eu acho que a gente foi bonzinho, pelo menos o Daniel (diretor) elogiava a gente.

O que você mais gostou durante esse período de gravações?

Meu aniversário no set acho que foi o que mais gostei. Fizeram um bolo surpresa para mim. Eu estava de folga no dia, aí o Hermínio, que é assistente de direção, mandou uma mensagem para eu ir no final do dia ensaiar uma cena do dia seguinte. Eu cheguei e começaram a cantar “parabéns”. O Daniel (diretor) estava segurando um bolo, foi muito emocionante e adivinha qual era a foto que tinha no bolo? Da Turma da Mônica.

Foto: Divulgação

Com quem você mais curtiu trabalhar no set de filmagens?

Eu amei conhecer o Rodrigo Santoro! Ele me deu várias dicas sobre carreira internacional. Amei o Paulinho Vilhena, que era muito divertido! A Mônica Iozzi, que fez minha mãe, além de linda é muito engraçada e a gente se divertia muito. O Luiz Paccini, que fez meu pai, foi uma das pessoas mais legais que eu conheci também. Mas, sem dúvida, o Daniel Rezende, que foi o diretor, foi o mais especial, e quero que seja meu amigo para sempre. Além das crianças, é claro, que são os meus melhores amigos, o Kevin, o Gabriel e a Laura.

Quanto tempo duraram as gravações do filme? Você participou de todo o período de gravações?

As gravações foram em dois meses mais ou menos, quatro diárias. E eu participei de todo o período sim.

Você conseguiu conciliar as jornadas de gravações com as aulas na escola? E, agora, percorrendo o país para divulgar o filme, como você está fazendo com as aulas escolares? Vai repor depois?

As gravações aconteceram nas férias, e algumas atividades do filme aconteciam no período da tarde, então, eu ía para a escola de manhã e à tarde fazia alguma coisinha para o filme. Nesse período da divulgação do filme, coincidiu de ser época de provas na minha escola, então, eles não passam conteúdo, e minha mãe negociou para antecipar todas as provas para eu concluir o bimestre.

Como foi o encontro com a Mônica real? O que você sentiu? Ficou emocionada?

Eu fiquei muito nervosa, mas ela foi muito legal comigo, perguntou se eu já tinha contado a novidade para as minhas amigas. Eu disse que uma delas não tinha acreditado e ela pegou meu telefone e ligou para a minha amiga para dizer que ela tinha que acreditar em mim, que eu realmente seria a Mônica no filme da Turma da Mônica (risos). Foi muito engraçado… Ela é meiga igual a mim e quem trabalha com ela fala que ela é muito brava quando tem que ser… eu também sou assim (risos).

Você ficou emocionada quando conheceu o Mauricio de Souza? O que você achou dele?

O Mauricio é aquele avô que todo mundo merece ter, ele é carinhoso, contador de histórias, muito emotivo. Eu pegava horas de fila para pegar autógrafo dele e, de repente, o vejo com o celular dele tirando fotos minhas. Eu acho que vão passar 100 anos e eu ainda não vou acreditar que tudo isso está acontecendo comigo. É um sonho poder ser a Mônica do Mauricio de Sousa.

O Mauricio de Sousa deu um Sansão de presente para você, certo? Você gostou? Por que?

No dia que ele deu a resposta que nós quatro tínhamos sido escolhidos, ele deu um presente para cada um, o meu foi um Sansão. Eu pedi para o meu pai enquadrar, porque eu quero guardar para sempre como uma coisa muito valiosa, porque está marcando minha vida.

Qual lição você aprendeu com a mensagem do filme “Turma da Mônica:Laços”?

Eu acho que é da amizade, que apesar de sermos diferentes, em nome da amizade as pessoas podem se ajudar, respeitando as diferenças. A Mônica teve que emprestar o Sansão para o Cebolinha, o Cascão teve que superar o medo da água, a Magali superar a fome e o Cebolinha teve que deixar todos bolarem um plano para resgatar o Floquinho. Acho que se todo mundo ceder um pouco, fica mais fácil de conseguir chegar!

Foto: Divulgação

Ping pong:
 

Nome completo: Giulia Barreto Benite

Data de nascimento: 14/06/2008

Idade: 11 anos

Cidade natal: São Paulo

Signo: Gêmeos

Um animal: esquilo

Maior qualidade: determinada

Maior defeito: personalidade forte

Uma música: “Bad Guy”, de Billie Eilish

Um filme: “Bird Box”

Uma viagem: Orlando

Defina-se em uma palavra: Forte