Um simples exame de sangue pode ajudar na prevenção de doenças renais: o de creatinina. Ele é utilizado para avaliar a função dos rins. É justamente com o slogan “Ame seus rins. Dose sua creatinina!” que a Sociedade Brasileira de Nefrologia (IBN) quer alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença renal crônica, que atinge 10 milhões de brasileiros e mais de 850 milhões de pessoas ao redor do mundo. Este também é o tema do Dia Mundial do Rim, que ocorre no dia 12 de março.
Segundo a Dra. Maria Alice, coordenadora do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, a doença renal crônica é silenciosa no início e podem não haver sintomas. Por esse motivo, a médica recomenda a manutenção de uma rotina de exames: “A creatinina no sangue e a urina simples, por exemplo, são exames de baixo custo e servem como medidas preventivas para um diagnóstico precoce”, acrescenta.
De acordo com a Dra. Maria Alice, a descoberta da DRC em sua fase inicial evita o comprometimento grave dos rins, quando já é necessário o tratamento com hemodiálise ou intervenção cirúrgica, por meio de um transplante. Em sua fase avançada, apresenta sintomas como o aumento do volume e alteração na cor da urina, incômodo ao urinar, inchaço nos olhos, tornozelos e pés, dor lombar, anemia, fraqueza, enjoos e vômitos e alteração na pressão arterial.
Os rins são essenciais para o bom funcionamento do corpo e têm como principal função filtrar o sangue e eliminar substâncias nocivas ao organismo, como a amônia e a ureia. As doenças renais crônicas (DRCs) alteram tanto a funcionalidade quanto a estrutura do rim, com diferentes causas e fatores de risco.
Estilo de Vida
A Dra. Maria Alice alerta que o estilo de vida pode favorecer o surgimento de problemas renais. Por isso, a médica recomenda:
– Reduzir o consumo de sal;
– Praticar atividade física;
– Alimentação saudável, com maior ingestão de frutas, hortaliças e legumes e redução de alimentos super processados;
– Beber água
“Essas são atitudes que ajudam a diminuir o risco de desenvolver uma doença renal”, esclarece a médica.