A Animale abriu o SPFW N42 com o que certamente foi o melhor desfile de Vitorino Campos para a marca e até mesmo da grife em si, desde que começou a desfilar. Vitorino e Animale são dois universos diferentes que, com inteligência e criatividade, podem beneficiar um ao outro. Porém, relações assim sempre têm seu tempo de maturação e essa parceria começa a colher seus frutos.
Nesta temporada, a marca viaja para Springs, reduto artístico dos Hamptons (NY), considerado o berço do expressionismo e também onde viveram artistas como Jackson Pollock e Willem de Kooning. Os elementos que transformaram a Animale em um sucesso entre suas clientes – babados, silhueta mais justa e pele à mostra – aparecem sob leitura atual de Vitorino. Veja um pouco do que aconteceu por lá:
Seguimos com A LA GARÇONNE começando pelo fim: os modelos entram na fila final, circulando pelo vão interno do Masp: concreto, vidro, vermelho e Lina Bo Bardi. Os convidados aplaudem de pé e então invadem a passarela – celulares na mão – atrás das melhores imagens.
Voltamos no tempo quando, e em abril, vimos a estreia da A La Garçonne no SPFW, marca de Fabio Souza e Alexandre Herchcovitch, que trabalha a criação de suas coleções de maneira livre, aproveitando conceitos do upcycling, sem amarras, num exercício de renascimento e amadurecimento. Se no primeiro desfile, eles apresentaram uma edição mais enxuta de sua nova marca, desta vez decidiram mostrar todos os seus recursos e habilidades.
Para finalizar o dia temos Reinaldo Lourenço, que fez o uso das listas em textura dos plissados e sobreposições de materiais em faixas fininhas que contornam o corpo. O que criou esse efeito foram as fitas em cobre e veludo aplicadas sobre o tule ou então tricot canelado nas golas rolês. Em tempos de paixão pelas saias plissadas Reinaldo foi longe e trabalhou essa imagem em looks inteiros.
Os acessórios da Camila Klein, que trabalhou lado a lado com Reinaldo Lourenço, trouxeram uma estética industrial – memória de maquinários e folhas de cobre ao desfile.