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Edição do Mês

Atriz interpreta personagem a frente de seu tempo.

Fotos: Rodrigo Lopes
Beauty: Caty Pires


Na infância, Dayse Pozato já fazia teatro através de brincadeiras. Dirigia as amigas, produzia, atuava, montava tudo! Porém seguir a carreira de atriz não era o que ela pensava. Foi na adolescência que Dayse se encontrou na arte e descobriu que não pararia de atuar. Hoje são 30 anos de carreira, entre peças e participações em outras produções. Em “Deus Salve o Rei”, ela estreia com uma personagem fixa nas telinhas. A atriz, que também é produtora e diretora artística, falou dos desafios da área e expectativas.

Ser atriz não era seu projeto inicial. Qual era a profissão que queria seguir? Quando era mais nova achei que seria professora – aos 12 anos cheguei a ensinar a uma menina mais velha a ler e escrever – depois pensei em fazer arquitetura, acho que porque sempre gostei de desenhar, e finalmente fui fazer faculdade de comunicação social e me formei em jornalismo. Enquanto estava na faculdade fiz um curso de teatro sem nenhuma pretensão e lá acabei me encontrando e vi que era isso que queria realmente fazer.

Quais os principais desafios que a carreira de atriz proporciona? Para ser atriz não é preciso apenas ter dom, você tem que ter vocação e persistência. No começo da carreira muitas portas podem se fechar, é preciso estar sempre estudando, se aprimorando, além de ser um mercado muito competitivo. Agora, uma vez trabalhando, existe o desafio de você construir o personagem, dar voz e vida a esse ser – nesse caso, o desafio pode ser extremamente estimulante.

Como surgiu o convite para “Deus Salve o Rei”? E como foi a preparação? Eu fui convidada pelo diretor artístico da novela, Fabricio Mamberti. Fizemos uma preparação para vídeo, todo o elenco, com Eduardo Milewicz, trabalhamos corpo com Cris Moura e voz com a Babaya. Foi fantástico. Eu já havia trabalhado com Fabricio em A Vida da Gente, escrito pela Licia Manzo, mas era um personagem bem pequeno. Em Deus Salve o Rei, estou realmente debutando.

A Betânia é um personagem complexo, que tem muitas características. Ela é leve, sarcástica, brincalhona, mas vive um dilema familiar bem intenso. Está sendo maravilhoso poder viver tantas situações em um só personagem, ela vai do riso ao choro. E além do mais, sempre quis fazer uma novela de época, mas nunca imaginei que fosse cair justamente numa época medieval e num projeto tão pioneiro. Estou muito feliz!

Há pontos em que você se identifica com Betânia? Sim, vários pontos. A Betânia é muito humana, não aceita injustiças, não tem preconceitos, é bem humorada, acolhedora, preserva a família. Acho que tenho um pouquinho de cada uma dessas características dela.

O que te inspira na profissão? A arte está em constante movimento, então você tem que estar sempre aprendendo mais e mais, o que é super estimulante. O exercício da criatividade, o encontro com outros profissionais, tudo isso me inspira. A profissão que eu escolhi, me alimenta, me sinto mais plena quando estou atuando, aprendo com os personagens que vivo. É muito rico. E além do mais pode me levar pra vários lugares, já viajei bastante fazendo turnê, no Brasil e fora dele. Acho que o nosso trabalho tem uma imensa utilidade e chegar até o coração das pessoas fazendo com que elas se emocionem, é muito especial. E ainda por cima dá pra se divertir.

Qual trabalho gostaria de realizar? Tenho vontade de fazer personagens que tem algo a dizer, de contar boas histórias. Ando procurando bons autores contemporâneos e ainda quero montar Shakespeare e Nelson Rodrigues.

Agora fale um pouco sobre a “profissão mãe”. Como é a relação com seu filho? Amo ser mãe. Em nenhum momento foi um fardo pra mim, desde a amamentação até os dias de hoje tenho muito prazer em estar com meu filho. Adoro criança, adorei bebê, e por mim teria tido pelo menos mais um. Mas a vida vai te levando pra outros lugares e quando vê, passou. Às vezes tenho vontade de adotar. Meu filho agora está um pré-adolescente (14 anos), e essa é uma fase complicada, muitos hormônios, muitas descobertas, mas tento estar sempre perto. Temos uma relação de confiança e amizade.

E a relação com o Giovanni De Lorenzi, seu filho na trama? Giovanni é um amor. Companheiro tanto em cena quanto fora, e talentoso. Nos damos bastante bem. Torcemos um pelo outro.

Além de atriz, você é diretora e roteirista. Como é a rotina dessas funções? Trabalho com arte, então essas funções podem também caminhar juntas e cada uma me dá um prazer especial. Acho importante você entender e fazer um pouco de cada coisa dentro da sua área, isso te torna mais abrangente e maleável.

Qual é sua válvula de escape para um dia estressante? Dar um mergulho na praia ou ir ao cinema. As duas coisas me revigoram.

Após os 50, passou a ter cuidados especiais com o corpo? Tem macetes de beleza? Após os 50 eu ainda vivo dizendo que agora vou me cuidar kkkkk. Sou daquelas que joga amostra grátis de cremes fora porque sai da validade. O que sempre fiz desde mais nova é lavar o rosto pela manhã e pela noite com sabonete Cetaphil e nunca esquecer do protetor solar. Esse ritual é sagrado. De vez em quando passo argila no rosto e gosto bastante do resultado. Mas agora, após os 50, quero levar isso um pouco mais a sério e buscar produtos que tragam uma melhor saúde pra minha pele. Enquanto isso busco sempre equilibrar e harmonizar espírito, mente e corpo. Isso faz um boa diferença.

Quais são seus hobbies? Ler, fotografar e ver séries.

Quais os planos pessoais e profissionais para o futuro? Como plano pessoal, gostaria de viajar mais e no campo profissional, quero continuar a fazer TV que estou amando, fazer cinema e voltar ao teatro, o que deve acontecer em 2019.

Ping-Pong

• Nome: Dayse Pozzato Reston
• Idade: 52
• Local de nascimento: Rio de Janeiro
• Altura: 1,56
• Apelido: Dedê
• Qual é sua maior qualidade? Lealdade e bom humor
• E seu maior defeito? Perfeccionismo
• O que você mais aprecia em seus amigos? A disponibilidade quando eu necessito
• Sua atividade favorita é: Viajar
• Qual é sua ideia de felicidade? Estar em harmonia com você e com o mundo
• Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo? Gosto muito de mim! Mas se tiver que escolher, gostaria de ser alguém que tenha feito algo de bom para a humanidade
• E onde gostaria de viver? Adoro o Rio, mas sinto pena em ver como a cidade está abandonada
• Qual é sua viagem preferida? Para lugares onde tem natureza
• Qual é sua cor favorita? Azul
• E qual é sua comida favorita? Caldo verde
• Um animal: Cavalo
• Quais são seus atores preferidos? São muitos, vou citar Benedict Cumberbatch e Irandhir Santos
• E seus cantores? Elis Regina, Amy Whinehouse
• O que você mais detesta? Injustiça
• Que dom você gostaria de possuir? Ficar invisível
• Uma mania: Desvirar chinelo
• Um sonho de consumo não realizado: Minha casa própria
• Uma lembrança de infância: Os natais e ano novo em família
• O que a irrita? Ignorância
• O que ou quem é o maior amor de sua vida? A própria vida
• O que você considera a sua maior conquista? Viver da minha profissão
• Qual é o seu maior tesouro? Meu filho
• Defina-se em uma palavra: Divirta-se