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Miriam Freitas

Diego Hypólito e Daniele Hypólito, ícones da ginástica brasileira, conhecidos por superações e vitórias no cenário internacional, agora estão na casa mais vigiada do país

A partir da próxima semana, os atletas Diego e Daniele Hypólito fazem estreia na edição de participação dupla do Big Brother Brasil 2025. Ícones da ginástica brasileira e pioneiros na valorização do esporte com títulos mundiais conquistados, os irmãos construíram uma carreira de sucesso superando inúmeros desafios pessoais e financeiros. Relembre a trajetória dos irmãos Hypólito.

Quem é Daniele Hypólito?

De Santo André para o Campeonato Mundial

Daniele Hypólito (40 anos) competiu nos Jogos Olímpicos de 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016. Ela fez história ao se tornar a primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha no Campeonato Mundial, com a prata no solo em 2001. Foi também nove vezes campeã nacional sênior em ginástica artística, campeã geral dos Jogos Sul-Americanos de 2002 e medalhista de bronze geral nos Jogos Pan-Americanos de 2003.

Até o momento, Daniele venceu o Campeonato Brasileiro mais de dez vezes, representou o Brasil em três edições do Campeonato Mundial, participou de todas as edições dos Jogos Olímpicos de 2000 a 2016 e competiu em cinco Jogos Pan-Americanos entre 1999 e 2015. Essa trajetória repleta de conquistas é fruto de inúmeros desafios superados.

A carreira de Daniele começou aos quatro anos e meio, inspirada por Nadia Comăneci e Luísa Parente. Enfrentando dificuldades financeiras, a família não tinha condições de arcar com os custos de campeonatos internacionais. Foi então que sua mãe, Dona Geni Hypólito, entrou em contato com Rodrigo Paiva, assessor da CBF e de Ronaldo Fenômeno, que se sensibilizou e cobriu todas as despesas, dando o pontapé inicial à carreira de uma das maiores atletas brasileiras.

Quem é Diego Hypólito?

Primeiro ginasta masculino medalhista no Brasil e na América do Sul

Diego Hypólito (38 anos) foi o primeiro ginasta masculino do Brasil e da América do Sul a ganhar uma medalha no Campeonato Mundial, campeão de 2005 e 2007 no solo. Ele também ganhou 63 medalhas na Copa do Mundo e representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2008, 2012 e 2016, ano em que conquistou medalha de prata no solo.

Diego iniciou sua trajetória aos sete anos, influenciado pela irmã Daniele, que já praticava ginástica há quatro anos. Inspirado por ela, começou a treinar em uma modalidade pouco conhecida entre os homens. Antes mesmo de começar as aulas, Diego já era capaz de realizar acrobacias no chão, e à medida que se destacava, seu interesse pela ginástica só aumentava.

Os primeiros treinos eram realizados em condições precárias, com pneus sob o tablado. Hoje, o tablado é moderno, equipado com molas e materiais adequados. A mudança da família de São Paulo para o Rio de Janeiro trouxe dificuldades financeiras, fazendo com que Diego se tornasse vendedor ambulante para ajudar o pai com as despesas. Esse período desafiador durou nove anos, até 2001, quando Daniele teve a oportunidade de competir no Campeonato Mundial.

Além das dificuldades financeiras, Diego também enfrentou diversas lesões ao longo de sua carreira. A primeira aconteceu em 2005, durante a Copa do Mundo em São Paulo, quando quebrou o pé apenas dez minutos antes da competição. Ao longo de sua trajetória, foram 11 cirurgias decorrentes dos desafios impostos pela ginástica.

Nos dias atuais: Projetos de Impacto Social e Circo

Atualmente, Diego e Daniele Hypólito dedicam-se a projetos sociais e pessoais que unem a ginástica e a arte circense. Em 2022, a dupla pioneira da ginástica brasileira inaugurou o Instituto Hypólito, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde cresceram. O projeto social, apoiado pelo banco BV e pela Prefeitura do Rio, atende cerca de 200 crianças, oferecendo acesso à ginástica em aparelhagens olímpicas e equipamentos fornecidos pela Confederação Brasileira de Ginástica. Paralelamente, ambos abraçaram o universo do circo. Diego encontrou no Circo Abracadabra, de Frederico Reder, um espaço para se reinventar, desenvolvendo habilidades como mestre de cerimônia, cantor e artista interativo. Já Daniele utiliza a arte circense para continuar sua trajetória acrobática, emocionando o público de forma próxima e acessível, mantendo viva a magia de suas apresentações.

Por: Míriam Freitas