Nutricionista dá dicas importantes para a realização do processo
No mês em que é comemorado o Combate ao Fumo, é importante conscientizar a população sobre os males do cigarro e de seus componentes.
Apesar da campanha, o Brasil é um dos países que mais reduziu o número de fumantes diários. Segundo pesquisa publicada pela revista britânica The Lancet, em 2017, afirma que entre os anos de 1990 e 2015, o País teve uma queda de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre mulheres.
Mas ao parar de fumar ou durante o processo, os ex-fumantes têm uma melhora no paladar e no olfato, existindo a necessidade de ter algo para fazer com a boca e com as mãos, a única saída: comer.
“Ao parar de fumar, os ex-fumantes utilizam os alimentos da mesma forma que eles utilizavam o cigarro, seja para lidar com o estresse, escapar do tédio, da tensão ou como uma ajuda na integração social”, explica Fernanda Alferes, nutricionista e responsável pelo controle de qualidade da Uni Alimentos.
Segundo pesquisa feita pelo Hospital Universitário da USP, as pessoas que param de fumar, ganham na maioria das vezes entre 3 e 4 kg e aproximadamente, porém 10% das pessoas que param de fumar ganham uma quantidade avantajada de peso. Além dos novos hábitos, a mudança de metabolismo e a ansiedade são os principais fatores para as pessoas engordarem nesse período.
Uma alimentação balanceada é o primeiro passo para evitar o ganho de peso durante o período de abstinência. “Para uma alimentação saudável, é preciso consumir alimentos que possuam substancias importantes para o bom funcionamento do organismo, desta forma, o metabolismo do ex-fumante voltará a ter uma normalidade e a dieta não será mais um sacrifício”, explica a nutricionista.
Os principais alimentos na hora de iniciar a dieta são os ricos em vitaminas, nutrientes e carboidratos. “O cigarro geralmente deixa os fumantes sem apetite, por isso eles não possuem uma rotina alimentar. Uma dica legal é ter horários fixos para as refeições e também alimentos saudáveis entre elas. Um alimento que eu gosto bastante é a mandioca, além de ser rica em fibras – substância que transforma o carboidrato em energia, a mandioca também aumenta os níveis de seretonina – o neurotransmissor que age nas regiões do cérebro responsáveis pela sensação do bem-estar”.
A mandioca também pode ser encontrada em diversos alimentos para dar uma quebra na disciplina alimentar. “Este ingrediente tão rico no Brasil, ainda conta com fonte de fibras e é isenta de glúten. Auxilia ainda a regular o funcionamento do intestino e traz saciedade entre as refeições. Além disso, a tapioca pode substituir o pão no café da manhã e os chips de mandioca podem ser o lanche perfeito durante a rotina do dia-a-dia”, conclui a nutricionista.