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A baixa umidade do ar provoca uma série de incômodos. Dentro do avião temos a cabine pressurizada, ar condicionado intenso e em longos voos não é incomum pessoas reclamarem de pele e garganta secas. 

“Pele, lábios, olhos, nariz e gargantas secos e até mesmo um efeito frizz nos cabelos são alguns dos efeitos frequentes provocados pela baixa umidade do ar”, alerta Dra Mônica Fialho, dermatologista da clínica BarraSkin (RJ)    

“Voos costumam gerar incômodos e desconfortos sim em razão não apenas dessa falta de umidade, mas também pela pressurização da cabine em razão da altitude, e do frio do ar condicionado.  Em caso de voos de longas distâncias os pacientes sempre relatam que percebem a pele e garganta ressecadas, dentre outros desconfortos habituais como sensação de pernas cansadas por ficarem muito tempo sentados, olhos lacrimejando, incômodo ao respirar e retenção de líquidos.  
A baixa umidade do ar provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando a pessoa mais vulnerável a uma crise de asma, por exemplo, e também à infecções virais e bacterianas. Ocorre sim maior desidratação e consequente ressecamento da pele e dos lábios também”, explica Dra. Mônica Fialho.

A dermatologista recomenda que a pessoa se hidrate bem antes, durante e após o voo: “que possa aplicar soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; e que use produtos para hidratar a pele e lábios indicados por seu dermatologista.  Levantar e até caminhar um pouco no corredor do avião ajuda a melhorar a circulação sanguínea e a não fazer retenção de líquidos. Tudo isso ajuda a melhorar disposição durante e após o voo e irá ajudar por consequência na saúde e beleza da pele”, explica Dra  Mônica.

Dra. Mariana Chambarelli Neno, dermatologista da clínica Dra. Denise Chambarelli (RJ) explica que a sensação de ressecamento pode ocorrer na região dos olhos, nariz e boca; podendo haver também retenção de água, que gera inchaços no rosto e no corpo.  “Para isso recomendo que seja aplicado e reaplicado hidratante indicado pelo dermatologista para o tipo de pele do paciente e borrifar água termal ao sentir desconforto durante o voo. É fundamental beber bastante água e o uso de meia elástica com compressão ajuda muito também à circulação sanguínea e oferece conforto durante o voo“, alerta a médica.   

Outro incômodo comum é sentir o ouvido entupir durante os vôos.  “O que acontece é que a mudança brusca de pressão atmosférica, apesar de as cabines das aeronaves comerciais serem pressurizadas, causa um desequilíbrio entre o ar que está dentro dos ouvidos e o ar do ambiente, gerando uma distensão da membrana timpânica, causando um abafamento temporário da audição e desconforto. O nosso organismo precisa da um tempo para equilibrar a pressão. Quem controla a passagem do ar e equilibra a pressão é a tuba auditiva, que é um canal que conecta o nariz ao ouvido. Pessoas com o nariz entupido podem ter dificuldade em descomprimir o ouvido, apresentando dor intensa, surdez prolongada e até perfuração do tímpano”, detalha o otorrinolaringologista Dr. Gustavo Gosling, da Otoclínica do Rio de Janeiro.  

O médico explica ainda que a queda da umidade compromete as defesas do nosso sistema respiratório.  “A queda da umidade provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas e compromete a proteção natural do nariz, que é feita pelo muco que reveste a região, favorecendo a intensificação de problemas respiratórios como rinites alérgicas, crises de asma e a infecções virais e bacterianas, podendo ocorrer também sangramentos nasais, dor de cabeça e garganta seca”, explica Dr. Gustavo. 

O otorrino destaca que o único modo de amenizar a surdez e pressão no ouvido durante um vôo é fazer o ar circular pela tuba auditiva. “A deglutição é a maneira mais natural de deixar o ar entrar e sair e voltar a relaxar o tímpano. Mastigar chicletes e bocejar ajuda a abrir a tuba auditiva. O uso de sprays nasais pode aliviar a obstrução do nariz e diminuir secreções, facilitando a passagem do ar para os ouvidos. Forçar a ventilação interna tapando o nariz, na chamada Manobra de Valsalva, também usada por mergulhadores, é outra técnica”, explica Dr. Gustavo Gosling.