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Por Rhayssa Nascimento

O momento é de festa. O carnaval é o período do ano destinado, para algumas pessoas, a diversão e libertação. Nessa época, as pessoas relacionam-se, os encontros possuem um único objetivo, serem felizes. Porém, a explosão de felicidade e liberdade deve receber atenção redobrada, as doenças sexualmente transmissíveis (DST) não tiram férias em nenhuma época do ano, e esquecer o preservativo é aumentar o risco de ser infectado.

O médico infectologista Ricardo Hayden explica que apesar do conhecimento das DST por parte da população, o desprendimento do uso da camisinha é algo cultural do país. Mas lembra que para ocorrer uma mudança é preciso ter campanhas continuadas, iniciadas nas escolas.

A visão de Hayden é comprovada em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, com dados de 2013 e divulgada no início de 2015, que aponta que pelo menos 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações casuais nos últimos 12 meses. Embora 94% dos entrevistados saibam que o preservativo é a melhor maneira de prevenir as doenças.

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O uso de camisinha é menor entre as mulheres, segundo o médico, representando apenas 20% ou 30%%. Essa situação é o espelho de uma repressão à sexualidade feminina, na qual está intrínseco o machismo. Para Hayden, o pouco uso do preservativo pelas mulheres é uma questão de gênero “o homem ainda impõe o sexo sem camisinha e a mulher acaba cedendo”.

Além desse problema, as mulheres são mais vulneráveis a serem infectadas, de acordo com o médico, “a mulher é receptora do esperma, e há a penetração”. Ele ainda salienta a importância dos exames ginecológicos, como o papanicolau, que consegue detectar as DST.

Pois a detecção da doença pode ser dificultada nas mulheres, o infectologista explica que no homem é mais fácil detectar porque fica exposto, diferente das mulheres, citando como exemplo as úlceras genitais como a herpes, sífilis e o cancro mole. Nas mulheres a observação é mais complicada, pois podem acometer, por exemplo, a vulva.