O Big Brother Brasil desse ano, veio para conscientizar o público. Desde que o programa começou, os telespectadores não tem aturado mais comentários considerados preconceituosos ou suspeitas graves. Foi o que aconteceu com o participante Vanderson, que estava sendo acusado de agressões e estupro e teve que sair da casa para depor, sendo eliminado.
Agora a polícia se envolveu mais uma vez no reality e irá investigar denúncias de racismo e intolerância religiosa. Maycon, Paula e Hariany, estavam falando sobre Rodrigo e Gabriela, fazendo alguns comentários vistos como errados.
Tudo aconteceu durante a festa, quando o Rodrigo e Gabriela que são negros e LGTB+, pararam por um momento e ficaram de mãos dadas, sentido a música Elevador de Jorge Aragão. “Se o preto de alma branca para você é o exemplo da dignidade, não nos ajuda, só nos faz sofrer, nem resgata nossa identidade”, é o que diz a canção, cheia de representatividade e identificação para os dois.
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Porém, Maycon viu a cena com outros olhos. Ele afirmou que sentiu um arrepio ao ouvir “músicas esquisitas” enquanto os dois estavam na festa e ainda disse que Gabi estava incorporando um espírito. Depois disso, a Policia Civil recebeu várias denuncias e vai investigar o caso.
Outro momento visto como racista foi quando Paula estava contando um caso de feminicídio e fez o seguinte comentário, “eu pensei que ia chegar um faveladão lá, mas, quando eu vi, o cara era branquinho, morou não sei quanto tempo na Austrália ou no Canadá, não sei“.
Diego também foi visto como preconceituoso por sua atitude homofóbica. Conversando com Hariany e Paula sobre a sexualidade de Rodrigo, disse não gostar de “gays escandalosos”.
“Eu não sou nem um pouco preconceituoso quanto a isso, o que eu não gosto é aquele cara gay chato, escandaloso. Se o cara é na dele, pouco importa quem ele é, mas as pessoas que querem aparecer na frente dos outros daí eu não tenho paciência”, disse ele.
Em nota, a TV Globo se pronunciou sobre o assunto. “Não fomos notificados, mas é importante pontuar que a Globo respeita a diversidade, a liberdade de expressão. E repudia com veemência qualquer tipo de intolerância e preconceito, em todas as suas formas. Desde 2016 a emissora mantém no ar a campanha ‘Tudo começa pelo Respeito’, em parceria com UNESCO, UNICEF, UNAIDS e ONU MULHERES, que atua na mobilização da sociedade para o fortalecimento de uma cultura que não apenas tolere, mas respeite e discuta amplamente os direitos de públicos vulneráveis à discriminação e ao preconceito. Desta forma, é importante reiterar que qualquer manifestação pessoal, equivocada ou não, feita pelos participantes do programa, não reflete o posicionamento da emissora.”
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