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Nesta quarta-feira (25), um vídeo tornou-se viral na internet. Era a prova de uma barbárie. As imagens mostravam uma adolescente, de 16 anos, vítima de estupro coletivo, foram 33 homens contra ela. O crime aconteceu na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e depois alguns dos homens teriam filmado e compartilhado nas redes sociais.

A publicação estava acompanhada de comentários machistas, mas a indignação e revolta da perpetuação de um crime e da cultura do estupro superou e chegou a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Foram mais de 800 denúncias anônimas enviadas ao Ministério Público do Rio.

A polícia pediu a prisão de quatro homens, sendo que um deles, Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, tinha um relacionamento com a vítima. Os outros três são Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, Michel Brazil da Silva, de 20, e Raphael Assis Duarte Belo, de 41. De acordo com a família Lucas, já havia premeditado o crime.

O choque que o crime causou em boa parte da sociedade brasileira trouxe a tona uma discussão mais que necessária e relevante, visto os comentários machistas e desumanos que acompanharam as postagens do caso. Muitos afirmaram que a adolescente estava bêbada e que tinha buscado que isso acontecesse com ela “Onde o trem passou… Essas mina dão muito mole mesmo”, escreveu um usuário do Twitter que teve o perfil bloqueado.

Contrários a estes pensamentos violentos, outros mostraram o absurdo da situação “Quando vocês homens saem à noite com medo de levarem seu celular, a gente sai com medo de ter nossos corpos violados”.

Os dados comprovam que estupro é mais comum do que se espera, somente no Brasil, de acordo com o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2014, a cada 11 minutos um estupro acontece. Naquele ano,47,6 mil pessoas foram vítimas do crime no país.

– Nesta sexta-feira (27), a adolescente fez um agradecimento nas redes por todo apoio que recebeu:

“Todas podemos um dia passa e por isso. Não, não dói o útero e sim a alma por existirem pessoas cruéis sendo impunes !! Obrigada ao apoio”, disse a menina, que também aderiu à campanha na rede social pelo “fim da cultura do estupro”.