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mulher do dia

Uma das mais combativas personalidades do movimento LGBTQIA+ no Brasil, a artista múltipla Jane di Castro morreu na última sexta-feira (23/10). Internada em um hospital em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, a atriz transexual não resistiu às complicações de um câncer.

Segundo a Quem, a artista não terá um velório tradicional, com homenagens, por conta da pandemia de coronavírus. O corpo será cremado, sem a presença de familiares e amigos.

Há quatro anos, Jane di Castro celebrou parte da história de sua vida de atriz e transformista no documentário Divinas Divas, dirigido por Leandra Leal. Na produção, ela contou sua história de vida, de lutas por direitos e respeito.

Caminho de sucesso

Filha de mãe evangélica e pai militar, Jane teve uma educação conservadora, o que não a impediu de seguir seu caminho artístico. O começo da carreira foi com apresentações em casas noturnas no Rio nos anos 1960, depois que deixou a casa dos pais.

Cantando, dançando e interpretando, ela chegou a ser dirigida por Bibi Ferreira no histórico espetáculo Gay Fantasy. Teve ao seu lado nomes como Rogéria, Marlene Casanova e Ney Latorraca. O espetáculo fez uma turnê de sucesso no Brasil e no exterior, incluindo uma performance no tradicional Lincoln Center, em Nova York, nos Estados Unidos.

Ela também participou como convidada na novela A Força do Querer, da TV Globo, onde interpretou uma atriz veterana que contracenava com o personagem de Silvero Pereira. A novela está sendo reprisada na emissora.

A artista foi casada por quase cinquenta anos com Otávio Bonfim, que faleceu há dois anos, também por câncer. A união foi selada depois de 47 anos de vida juntos, em 2014, num casamento coletivo que reuniu 160 casais gays.

Por: Metrópoles