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Quando Jorge Aragão completou 71 anos, no dia 1º de março de 2020, a cidade do Rio de Janeiro, que também fazia aniversário, vivia seus últimos momentos sem qualquer medida restritiva para tentar conter a Covid-19. Portanto, foi só agora, em 2021, que o sambista descobriu como apagar as velinhas cumprindo o isolamento social. Nada, porém, que abale a gratidão por chegar aos 72 anos e com saúde.

Afinal, Jorge Aragão foi um dos milhões de brasileiros que contraíram a Covid-19. Passou 12 dias internado na UTI de um hospital do Rio. Período em que muitas coisas passaram pela cabeça, inclusive, a possibilidade de morrer, como ele próprio admite nesta entrevista. Não é por acaso que, em vários momentos, ele fala em se reinventar. E essa vontade fica nítida, principalmente, na animação que demonstra ao comentar sobre seus projetos.

Outro sentimento que o cantor também reflete neste bate-papo é o da esperança em dias melhores para a Cidade Maravilhosa e, especialmente, para as comunidades que vivem do Carnaval, fortemente impactadas pela pandemia.

Você teve Covid-19 e chegou a ser internado. Dá para descrever como foi? 

Eu tive Covid em outubro e para descrever… acho que não precisa de muita coisa não. Quem já teve e foi internado entende. É assustador, é aterrador. Claro que eu tive medo de morrer, qualquer um tem. Você começa a se preocupar em ter falta de ar e perceber que pode ser que ali seja o final.

Surpreenderam as manifestações de carinho?

Eu não posso dizer que me surpreendi porque isso eu sempre tive, graças a Deus. Em casa, no trabalho, com os amigos, com as pessoas que conheço, com quem eu falo. Então, não foi surpresa toda a manifestação de carinho por eu estar vencendo essa batalha.

Você completou 72 anos no dia 1º de março. Como foi a comemoração? Teve um sabor diferente?

Nem há tanta comemoração… (risos). As pessoas brincam que estão falando comigo mais para prestar solidariedade. Claro, teve um sabor diferente porque nós estamos vivendo tempos diferentes, em que não podemos estar com todos aqueles que queremos, que gostamos. Então, essa comemoração foi totalmente diferente, sim.

Aproveitando, você faz aniversário junto com a cidade do Rio de Janeiro. Como você vê a atual situação da capital?

Essa situação atual é de muita tristeza, mas também de muita esperança de que esses (referindo-se às medidas restritivas) sejam os movimentos certos para superarmos este momento e cuidarmos uns dos outros.

Do que tem mais saudade?

(Responde sorrindo) Desculpa, mas essa pergunta só tem uma resposta: saudade é da aglomeração! Muita saudade, sentindo muita falta. Até porque faz parte da minha função, do meu trabalho ter uma aglomeração.

Na sua opinião, o que as lives trouxeram de bom e de ruim para os artistas?

As lives estão ensinando a gente a se reposicionar no mercado, a ver o nosso trabalho de uma outra maneira, ter uma outra ótica. Não sei nem se vou dizer que é ruim, já que é necessário. É bom saber que há um outro caminho para que nós possamos estar junto das pessoas, por meio dessas lives. O formato, que foi pouco para a sobrevivência do artista e muito para ajudar o próximo, ficou muito mais evidente. E foi nisso que nós nos seguramos para continuar nos reinventando.

A pandemia impactou toda a indústria do Carnaval. Desfile de escolas de samba, só em 2022. Como tem visto o drama das comunidades que vivem disso?

Eu queria poder falar melhor sobre esse drama das pessoas que vivem do Carnaval, deste trabalho das comunidades, que a pandemia acabou impactando. Mas eu tenho certeza também de que, lá no fundo, eles sabem que todos nós estamos prontos para nos adequarmos. Porque assim é o povo brasileiro. Aprendemos para voltarmos muito melhores e apresentarmos também um espetáculo melhor ainda. É o que todos nós estamos esperando e vamos fazer isso.

Ainda sobre o desfile, o tema do Carnaval Globeleza, de sua autoria, está fazendo 30 anos. Qual a importância dessa música na sua carreira e qual o seu sentimento por não vê-la ser tocada justamente neste ano?

Eu tenho muito orgulho, muito orgulho de estar durante esses 30 anos junto ao público quando vem o Carnaval. Agora, gozado… o sentimento de (a música) não estar sendo tocada neste ano é justificável. É como se eu também estivesse ajudando, de certa forma, a congelar tudo para voltarmos, quando for possível. Então, continuo tendo um orgulho muito grande de fazer parte do Carnaval Globeleza e também por entender que tinha que me calar neste ano.

Como está a sua rotina? Segue trabalhando como antes ou deu uma desacelerada?

A minha rotina… (risos) eu não desacelerei, não. Eu parei. Eu estou há um ano e pouco sem trabalhar. Isso é óbvio, e é o mínimo que eu posso fazer também para colaborar.

E em casa? Mudou seus hábitos?

Em casa os meus hábitos mudaram. Até mesmo a maneira de fazer música, alimentação, a hora de dormir. Sempre fui de madrugada. Tudo mudou, assim como todo mundo. A preocupação maior é quanto ao futuro, para poder me posicionar. Saber o que eu vou fazer quando voltar. E, principalmente, como sempre fui um provedor, é difícil entender o que está acontecendo.

E as redes sociais? No fim do ano passado você passou dos 500 mil seguidores só no Instagram. Acompanha tudo, interage com os fãs?

Que coisa boa, que coisa boa! Graças a Deus, só tenho a agradecer por ultrapassar esses 500 mil seguidores. Meio milhão de pessoas para um senhor de 72 anos. Um sambista de 72 anos é muita coisa. E interajo, sim, acompanho. Eu converso quando posso. Dou as minhas opiniões. Sei também muito bem o meu lugar. Sei a hora em que eu devo responder, que eu devo ficar calado. Eu tenho total noção de que tenho de me resguardar também ao dar opiniões. Então, gosto muito de estar atuante em todas as redes sociais.

Tem projetos para este ano ou o cenário paralisou tudo?

O cenário não paralisou nada, muito pelo contrário. Está me ensinando a me fortalecer, e aos meus iguais também. (Tenho) Muita coisa para fazer este ano e para o ano que vem. E a todo vapor. É o momento em que eu tenho de me reinventar, e todos os que estão à minha volta pensam dessa maneira. Com certeza, daqui a pouco tudo será realidade.

Qual o seu maior desejo?

Meu maior desejo é viver, ser longevo, com saúde plena.

Novo Cargo

Romualdo Ayres é o novo diretor de capacitação da ABF Rio. A posse aconteceu no último dia 15 em cerimônia virtual.

 

Ensaio Feminino – “A História por trás da beleza”

O projeto da fotógrafa Fernanda Divardim está movimentando as cariocas. Para ajudar a elevar a autoestima, em tempos difíceis, a fotógrafa criou o projeto  “A História por trás da beleza”. Os cliques são feitos no estúdio com todas as normas de segurança. Se quiserem conhecer mais o lindo trabalho, sigam no Instagram: fernandadivardim.fotografia.

Ivana Sampaio durante a produção no Leblon

Fernanda Divardim orgulhosa do seu projeto

Restaurante Amalfitana lança linha de pizzas inspiradas na cidade de Roma

A Itália é uma região conhecida por sua excelente gastronomia, deliciosas receitas e ingredientes frescos que formam a base de pratos típicos, a começar pelas massas e seus diversos molhos. Dentro deste cenário, as pizzas são um caso à parte, com formatos e texturas que variam entre as cidades.

O Amalfitana, restaurante italiano recém chegado ao Village Mall, na Barra da Tijuca, lançou uma coleção de pizzas e, seguindo a tradição, desenvolveram o estilo Alla Pala, com seu formato alongado, típica da cidade de Roma, e suas bordas arredondadas.

Com a assinatura da chef Julia Raposo, vale experimentar a clássica Pizza Marguerita (R$40), com molho de tomate amalfi, mussarela de búfala e manjericão; a Pizza Vesúvio (R$40), feita com mussarela fresca, burrata, tomatinhos defumados e rúcula; e a Pizza Parma (R$45) uma deliciosa combinação de mussarela fresca, tomatinhos defumados, presunto de parma, rúcula e finalizado com uma redução de Balsâmico.