Alguns graus de alopecia androgenética ( calvície) são passíveis de tratamento clínico. Outros graus mais avançados, para terem resultados efetivos, requerem o transplante capilar.
O procedimento, que tem a cada dia mais procura, deve ser feito por médico especialista. Para saber se é o caso de realização do transplante é fundamental realizar consulta, exame e esclarecimento com o médico.
“Os pacientes que buscam tratar a calvície através do transplante capilar vem sempre com muitas dúvidas. Uma das questões que mais ouço diz respeito à técnica de extração dos fios na área doadora. Os pacientes querem saber como isso acontece e se é seguro e querem entender como será o resultado”, afirma Dra. Flávia Basílio, dermatologista de Curitiba, no Paraná.
“ O transplante capilar é um procedimento seguro e deve ser feito por especialista experiente nessa técnica. A cirurgia consiste em redistribuir os fios no couro cabeludo, de forma a cobrir a área calva sem prejudicar a área doadora. É importante lembrar que a área doadora é uma fonte esgotável, ou seja, a cada cirurgia ela se torna menor. Por isso, o planejamento cirúrgico é uma etapa importante, complementa Dra. Flávia.
A técnica a ser usada e os detalhes da cirurgia serão explicados ao paciente em consulta prévia.
Uma das técnicas mais conhecidas atualmente é a FUE vem do termo em inglês Follicular Unit Excision . “A técnica é bem minuciosa e arecuperação costuma ser tranquila. O procedimento é feito com anestesia local e pode ser associada uma sedação leve na maioria dos casos. A excisão ou extração das unidades foliculares é realizada uma a uma e, para isso, trabalhamos com lupas de aumento. Por isso, a técnica é minuciosa, e cada detalhe é importante. Utilizamos “micropunches”, que são instrumentos menores que 1mm, que possibilitam realizar microincisões circulares para extrair as unidades foliculares, que serão depois implantadas na área calva.”, explica Dra. Flávia. ⠀
Antes do procedimento a médica explica que é fundamental a realização do exame de tricoscopia e o médico deve fazer um planejamento completo. “Quando fazemos o planejamento para realizar transplante capilar em um paciente, uma das explicações iniciais diz respeito aos agrupamentos dos fios de cabelo. Os nossos fios se organizam em agrupamentos de 1,2 ou 3 fios e a esses grupos é que chamamos de unidades folículares. Ao realizar o exame de Tricoscopia ( exame detalhado e não invasivo realizado em consultório), avaliamos algumas características dos fios, pois serão importantes no transplante capilar”, detalha Dra. Flávia.
O transplante capilar pode ter a duração média entre 6 e 8 horas, não requer internação e o paciente estará liberado para a maioria das atividades em 24h.
Segundo a médica, a maioria dos pacientes já apresenta uma diferença significativa após 6 meses do transplante, mas o resultado final pode ser observado após 9 a 12 meses. O tratamento, tipo de técnica usada, tudo deve ser personalizado para as necessidades de cada paciente”, afirma a dermatologista. No Brasil, a ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar) reúne médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos capacitados para a realização do transplante capilar. O site da associação pode ser consultado para a busca dos profissionais.