Duas semanas após ser eliminado do “BBB 20”, Lucas Gallina ainda não processou tudo o que aconteceu em sua vida nos 30 dias em que passou confinado. “Saí e já era carnaval. Tudo foi festa até agora. Não deu tempo de avaliar ou entender o que mudou”, conta ele, que posou para seu primeiro ensaio fotográfico como “modelo”: “Deveria ter treinado antes umas poses, não sei ser de outro jeito”.
A frase se aplica muito bem ao comportamento que teve no reality. Sendo ele mesmo, como frisa, acabou se tornando uma espécie de vilão num quarteto que ainda teve Petrix Barbosa, Hadson e Felipe Prior. “Digamos que eu seja um vilão do bem”, analisa o brother, que vem sendo chamado pelos fãs, sobretudo os mirins, de “meu malvado favorito”.

Talvez as vilanias de Lucas estejam mais atreladas à molecagem. O fisioterapeuta e ex-atleta de basquete, de 26 anos, conta que já aprontava das suas desde o colégio. “Minha mãe ficava brava porque era chamada na escola. Eu zoava mesmo. E não tinha problema se as pessoas fizessem o mesmo. Sou brincalhão, não estava no programa para ficar fazendo pose em frente às câmeras”, justifica.
A namorada Juliana Xavier, que se tornou empresária neste início de rotina do ex-BBB, o acompanha 24hs tal qual as câmeras do reality. É ela que trata de desconstruir a imagem de macho durão mostrada no “Big Brother |Brasil 20”. “O Lucas nunca ligou para o que pensam dele. Nem no programa nem na vida. Mas eu posso garantir que ele não tem nada de machista. Pelo contrário, sempre me colocou no topo, na frente dele, me apoiou em tudo o que decidi fazer. Se não fosse assim, eu seria a mulher por trás dele, e não sou”, garante a maquiadora e designer de produto.

Enquanto Juliana fala, Lucas a olha orgulhoso. Não por acaso deixou os Estados Unidos há sete anos e voltou ao Brasil muito motivado pelo namoro que havia começado um ano antes. “Fui para lá com 14 anos. Contratado para jogar basquete. Queria ser atleta profissional, jogar na NBA. Mas, infelizmente, me machuquei feio e não deu mais. E também tinha a Ju aqui, não dava para ficar longe”, recorda.
O tempo em que morou em Nova Orleans, logo após a cidade ser destruída pelo furacão Katrina, serviu de base para que Lucas enfrentasse o dia a dia com pessoas que não conhecia e os perrengues da Xepa. “Morei num trailler, não tinha condições financeiras de me bancar e comia comida de astronautra, um kit de sobrevivência mesmo que distribuiam. A xepa foi mole”, conta.

Dono de uma clínica de estética em Florianópolis, onde mora, terminando Nutrição e uma pós em Fisioterapia Estética, Lucas não pensa em viver da fama. “Mas enquanto surgirem oportunidades não vejo motivos para negar trabalho”, pondera.
Algumas marcas esportivas e de suplementos já procuraram Juliana para uma parceria com o loiro. Por enquanto estão estudando proposta a proposta: “Só não quero fazer propaganda de nada que prejudique a saúde das pessoas”, avisa Lucas.

Casamento à prazo
Há oito anos juntos, Lucas e Juliana pretendem morar juntos no segundo semestre. “Se der certo, a gente casa”, diz ele, aos risos. Que ninguém penseo, porém, que ele está enrolando a namorada. “Eu não tenho sonho de casar da forma tradicional. Quero morar junto. A festa ele que quer”, entrega Juliana. “Sou o mais romântico da relação!”, afirma ele.

Deve ser. Já preparou num fim de semana normal uma suite cheia de pétalas de rosas e champanhe para Juliana na casa de praia que a família dele tem, a uma hora de Floripa, a surpreendeu com um salto de paraquedas duplo: “Mas acho que o ato mais romântico foi quando ele me deu um buqê de rosas e escreveu que esperava que o nosso amor durasse o tempo que aquelas flores ficassem vivas. Não entendi, chamei minhas amigas e pensei: ‘nossa, só vai durar duas semanas então. Que cara sem noção!’. Até que uma amiga percebeu que eram rosas de plástico. Mas eram tão perfeitas que não dava para distinguir. Até hoje eu tenho”.

