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DOSSIÊ

6% dos entrevistados pelo Grupo Croma discordam e apenas um em cada três homens se declara totalmente avesso a cosméticos e beleza

O setor de beleza está entre os dez principais segmentos do varejo e o Brasil ocupa o 2º lugar para produtos masculinos. A mudança de hábitos, o culto ao corpo e à beleza, o acesso a informações e as compras pela internet têm alavancado esses indicadores. 

O mercado global de cosméticos masculinos apresenta perspectiva de duplicar seu crescimento para US$ 43,6 bilhões até o final do ano. A América Latina, que movimentou USD 10 bilhões em 2016, espera o crescimento de
27% até 2021. Esse crescimento se deve ao fato de que as novas gerações acompanham as tendências de mercado, possuem maior poder de compra e estão atentos à necessidade de autocuidado, que antes se preocupavam apenas com shampoo e sabonete. 

Quanto à convicção, 66% dos entrevistados afirmam que “podem me chamar do que for, mas cuidar de mim não me deixa menos homem”, 63% afirmam que cuidar da beleza não é só coisa de mulher e 53% dizem que “sou homem, mas me cuido e não tenho vergonha disso”. “Nas declarações, o preconceito em relação à orientação sexual não se mostra relevante e a preocupação com os efeitos da idade na aparência é relativamente pequena. De modo geral, a relação com a beleza aparenta estar mais relacionada à saúde do que ao apelo estético em si. Contudo, essas declarações contém ainda o viés de uma sociedade bastante machista e sexista”, comenta Bulla.

A ressignificação das antigas barbearias, atuais barber shops, também movimentam essa mudança, atraindo homens que buscam exclusividade. “Das antigas barbearias, passando pelos salões unissex, o homem se viu carente de um espaço masculino para cuidar de si”, afirma Bulla. Esse consumidor havia trocado o serviço, até então restrito a poucas opções de produtos e serviços, por cabeleireiros unissex que atendiam a toda a família. 40% dos entrevistados afirmaram que já usaram e vão usar produtos para barba nos próximos 12 meses. Um número significativo que deixou para trás itens como cremes e loções para o corpo, tratamentos estéticos para os dentes e até mesmo hidratações e cuidados especiais com o rosto.

Um novo público passou a se preocupar com o tema e corresponde a 39% dos homens entrevistados. Desses, 8% passaram a se preocupar muito nos últimos 5 anos. 27% são antigos adeptos, sendo que 18% continuam se preocupando com o assunto e 9% se preocupam ainda mais, no mesmo período. Apenas um em cada três homens se declara totalmente avesso ao tema cosméticos e beleza. Esses são os detratores, grupo composto por 34% dos entrevistados, que não são ligados ao assunto e não querem saber de novidades e avanços no setor. 

Os perfumes ainda lideram o ranking de produtos de uso e intenção de uso, já que 65% dos entrevistados afirmaram que usaram perfumes nos últimos 12 meses e que irão usar novamente nos próximos 12 meses. Em segundo lugar, shampoos e condicionadores continuam com altos índices de uso e intenção de uso e 63% afirmam que usaram e vão usar novamente nos próximos 12 meses. “As vendas da indústria de produtos para cabelos não crescem em volume há alguns anos, pois os produtos estão presentes na maioria dos lares, o que limita sua expansão. Mas existe um mercado potencial vasto e os investimentos e criações no segmento chamam atenção, como as linhas alternativas, que conquistam espaços representativos”, afirma Edmar Bulla. 

SOBRE A PESQUISA 

O estudo foi realizado através de pesquisa quantitativa por meio de questionário online aplicado junto a painel de internautas da Netquest. O público do estudo foi composto por homens, de 18 anos ou mais, das classes ABC, com abrangência nacional. Foram realizadas 1005* entrevistas. Os resultados foram analisados e enriquecidos por insumos coletados através de desk research sobre o cenário atual e visão de futuro do segmento.