A segunda parcela do 13º salário deve ser
paga até hoje
(20). Sua
chegada coincide com o aumento de gastos típicos de final de ano, como
troca de presentes, ceia de Natal e viagens. Mas é preciso
considerar as despesas previstas para o início de 2020, além de olhar para a vida financeira e usar essa renda extra de forma consciente, respeitando o padrão de
vida da família.
É importante entender que o 13º salário foi
criado para ser uma gratificação de fim de ano, algo a ser recebido pela
população como um presente. Hoje, muitos contam com ele para
pagar as dívidas que já têm ou para começar novas, uma evidência de que
gastam mais do que a sua renda permite.
Dinheiro extra não deveria ser utilizado para
quitar dívidas, afinal de contas, o correto é planejar e ter dívidas que
caibam no orçamento mensal. O 13º, então, deveria ser
poupado, investido (para render) e destinado para a realização de
sonhos/objetivos de curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e
longo prazos (acima de dez
anos).
Fazer as compras de Natal
O que muita gente tem em mente é utilizar
parte dele para fazer as compras de Natal, o que não é errado, desde que
isso já tenha sido programado. Uma maneira de fazer isso é
escolher uma época do ano (geralmente o início) para planejar todos os
gastos, como os do Natal. Se puder inserir as despesas com a ceia e
os presentes já no orçamento financeiro mensal e poupar o 13º
inteiramente para os sonhos, melhor ainda.
Livrar-se das dívidas
Para aqueles que estão endividados e veem esse
dinheiro extra como a solução dos problemas, saiba que ele não é e esse
pensamento só faz com que essa situação continue acontecendo
ano após ano. É claro que livrar-se das dívidas pode – e deve ser um
sonho -, mas não o único.
Antes de sair pagando as dívidas, analise
todas elas, saiba o total, os juros, os prazos. Enfim, reúna todas as informações possíveis. A partir daí, tente renegociar esses valores com o credor, só
então veja a possibilidade de usar o 13º para pagar parte ou tudo o que deve.
Poupar e investir
Há pessoas que estão em uma “zona de
conforto”, ou seja, não devem, mas também não poupam. A esses, faço um
alerta para que ajam com consciência, pois um passo em falso
pode levá-los
ao
endividamento e até à inadimplência, uma vez que não possuem reserva
financeira para se apoiar. É claro que pode utilizar o 13º
salário como bem entender e julgar coerente, no entanto, já que não
possui dívidas, é importante que se guarde boa parte dele, para
começar a formar essa reserva e também para realizar mais sonhos, de agora em diante.
Para os investidores, mesmo que iniciantes, a
melhor opção para utilizar o 13º é continuar investindo, tendo sempre um
objetivo, seja ele qual for. A conclusão que podemos tirar é
que dinheiro extra na economia, sem dúvida nenhuma, é muito positivo,
desde que utilizado com educação financeira.