Quarta
causa de morte na população brasileira, a Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica, ou DPOC, atinge 15% da população do país, mas apenas
10% daqueles com diagnóstico realizam o tratamento adequado. A
DPOC é uma enfermidade que acomete os pulmões e promove a obstrução da
passagem do ar, que geralmente tem como principal agente nocivo a
fumaça do cigarro. A doença costuma se estabelecer após quadros
repetitivos de enfisema pulmonar ou bronquite. A DPOC evolui de forma
lenta e se manifesta entre a 4ª e a 6ª década de vida. Apenas 10% dos
pacientes diagnosticados realizam o tratamento adequando.
Por provocar falta
de ar que impede a respiração, diminuindo a passagem de oxigênio
pela corrente sanguínea, a DPOC libera no organismo substâncias que
provocam a inflamação do corpo dobrando as chances de os pacientes
apresentarem episódios de infarto e acidente vascular cerebral.
Apesar de não haver
cura para a doença altamente limitante, em casos graves o
paciente pode chegar a fazer uso de balão de oxigênio para auxiliar na
respiração, os efeitos da DPOC podem ser amenizados com
medicação adequada e com a reabilitação da capacidade respiratória. De
acordo com o Dr. Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, com o trabalho de reabilitação pulmonar a qualidade de
vida do doente melhora em 20%.
Os principais
sintomas da DPOC são tosse, falta de ar recorrente, pigarro, fadiga e
catarro excessivo. A doença pode ser diagnostica por meio da
espirometria, exame não invasivo também conhecido como prova da função
pulmonar, que avalia a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões. A
avaliação clínica também é importante para a definição do
diagnóstico.
De acordo com o
pneumologista do Hospital, a prevenção é a melhor maneira de não
ser vítima da DPOC “o mais importante é manter distância do cigarro.
Quem nunca fumou não deve começar e quem fuma precisa abandonar
o vício para não sofrer com a doença”, afirma Fiss.
O médico também
alerta sobre a importância de fazer exames periódicos para
identificar precocemente os primeiros sinas da DPOC. “Muitas vezes, o
fumante acha que ter tosse frequente e pigarro é comum, mas isso
pode ser indício de que os pulmões pedem socorro, por isso é importante
abandonar o tabagismo e realizar acompanhamento médico regular,
mesmo para quem deixou de fumar”, explica.