PUBLICIDADE

DOSSIÊ

O assunto é muito presente no dia a dia das mulheres. Apesar de a maioria desejar ter filhos, muitas dividem a vontade de viver essa experiência com o medo da vida pós-filhos. Para Camilla Couto, orientadora emocional para mulheres e criadora do Blog das Amarildas, como tudo na vida, ser mãe e ser mulher (e namorada, esposa, companheira) requer uma boa dose de equilíbrio e outra de autoconhecimento profundo. “A busca constante do que é ou não válido para cada mulher também é sempre uma questão-chave – já que o que funciona para uma, pode não dar certo para a outra”, assegura Camilla.

Ela explica que existem mulheres que se entregam com todas as suas forças a relacionamentos, e acabam deixando a si mesmas de lado, porém, existe também o outro lado: “no outro extremo, há quem morra de medo de perder a individualidade e que, por isso, prefere até mesmo ficar sozinha – ou, quando se relaciona, trata o parceiro quase como um inimigo, de quem precisa se defender constantemente para não se perder de si mesma”.

Da mesma forma, há mulheres que se esquecem do mundo quando se tornam mães. “Muitas mulheres projetam na maternidade uma saída para alguma insatisfação, seja consigo mesma, com a vida profissional ou com o relacionamento amoroso. Elas passam a transitar em volta dos filhos como satélites, esquecendo-se das suas próprias necessidades pessoais”, lembra a orientadora.

Camilla afirma que o segredo para conciliar a mãe, mulher e parceira dentro de você, é o equilíbrio. “Certamente, nenhum comportamento radical é o ideal. Negligenciar sua vida pessoal não fará de você uma mãe melhor. Pelo contrário! Fará de você uma mãe impaciente e ainda mais cansada. E tratar a maternidade como apenas mais um assunto da vida, mesmo que seja em prol de seus relacionamentos, pode trazer prejuízos no longo prazo”, revela. Mas, então, qual a saída?

Ela enfatiza: “como tudo na vida, relacionamento e maternidade só têm uma boa convivência com equilíbrio. Nossos parceiros têm que entender que, como mães, cumprimos um novo papel, mas não deixamos de ser mulher – essa é uma das maiores dificuldades dos novos papais. Essa fase da vida, em que um bebê chega em uma família, exige muita paciência e atenção para que nenhuma das partes seja negligenciada. Quando isso acontece, há um desequilíbrio e o relacionamento se torna pesado e frustrante”. Deixar de ser ver como mulher é um erro, assim como deixar de enxergar o parceiro. Mas negar que existem mudanças que surgem com a maternidade, também é.

Informações: Camilla Couto, Blog Amarildas
Foto: Pixabay