O nome é diferente – bursite trocantérica – mas essa condição pode afetar 15% das mulheres e 8,5% dos homens adultos em qualquer idade, levando à dores incapacitantes na região dos quadris. A bursite nos quadris está ligada aos esforços repetitivos impostos por alguns esportes, como a corrida e o ciclismo, assim como ao encurtamento dos músculos da região lateral do quadril e das coxas.
Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, há outros fatores ligados à bursite trocantérica. “A escoliose, o comprimento desigual de uma das pernas, músculos enfraquecidos, artrite reumatoide e depósitos de cálcio e hiperuricemia (ácido úrico elevado) também são fatores de risco, assim como traumas ou cirurgias na região dos quadris”.
A bursa é uma espécie de saco que contém uma substância gelatinosa. “As bursas estão presentes nas articulações do corpo humano, incluindo os quadris. A principal função é amortecer o impacto entre os ossos e os demais tecidos. A bursite nos quadris acontece quando as bursas trocantéricas, localizadas no trocânter maior (parte superior do fêmur) inflamam”, comenta a especialista.
Dor e inchaço são principais sintomas
A dor e o inchaço são as principais manifestações clínicas da bursite. “A dor da bursite é bem característica. Ela costuma piorar ao subir escadas, levantar-se de uma cadeira, cruzar as pernas, caminhar, depois de ficar longos períodos de pé. À noite, se a pessoa se deitar de lado sob o quadril afetado, a dor pode ser ainda mais intensa”, comenta Walkiria.
Pressão no local pode revelar a bursite
O diagnóstico é feito pelo médico ortopedista, que ao pressionar os quadris no exame físico já poderá suspeitar da bursite. A confirmação é feita por meio de exames de imagem, como o ultrassom e a ressonância magnética.
Alívio da dor é o primeiro passo
O tratamento incialmente, é conservador, ou seja, feito com fisioterapia e medicamentos anti-inflamatórios. As compressas de gelo são recomendadas para reduzir a inflamação. Além disso, o fisioterapeuta usa outros recursos, com o ultrassom, o laser, estimulação elétrica percutânea (TENS), entre outros.
De acordo com Walkiria, depois que o quadro doloroso for controlado e que a inflamação diminuir, é importante restaurar a amplitude de movimento do quadril, assim como fortalecer os músculos dos quadris e da coluna, melhorar a propriocepção, o equilíbrio e a marcha (padrão de caminhada). “Como o encurtamento do quadril é uma das principais causas da bursite, é fundamental fazer um trabalho de alongamento da musculatura lateral dos quadris e das coxas”. Na fase final da reabilitação, a ideia é que o paciente retome suas atividades e não sinta mais dores.
Prevenir é possível
- Evite esportes ou atividades que promovam esforços repetitivos, como corridas ou ciclismo. Para praticar estes esportes é preciso um bom condicionamento físico e um fortalecimento muscular da região dos quadris e da coluna
- Mantenha o peso adequado para a sua composição corporal
- Use calçados adequados, com bom amortecimento. Isso significa que chinelos, sandálias rasteirinhas e sapatilhas devem ser evitados por quem sofre com a bursite nos quadris
- Cuide dos níveis de ácido úrico e cálcio
- Evite cruzar as pernas ou sentar-se sobre as pernas
- Faça uma atividade de fortalecimento da musculatura da região dos quadris e coxas, assim de alongamento
- Evite também dormir de lado, pelo menos durante as crises
- Faça uma atividade de fortalecimento da musculatura da região dos quadris e coxas, assim de alongamento calçar calçados adequados, com bom amortecimento. Isso significa que chinelos, sandálias rasteirinhas e sapatilhas devem ser evitados por quem sofre com a bursite nos quadris
- Cuide dos níveis de ácido úrico e cálcio
- Evite cruzar as pernas ou sentar-se sobre as pernas
- Evite também dormir de lado, pelo menos durante as crises
Foto: Reprodução
Fonte: Bem Paraná