De acordo com um novo estudo publicado pelo American Journal of Public Health, as mulheres que têm o pedido de aborto negado e dão à luz ao bebê são, em sua grande maioria, pobres. Um impacto econômico que pode se prolongar ao longo dos anos caso não seja tratado com a devida atenção.
A pesquisa concluiu que as mulheres que tiveram seus abortos negados, após terem feito o requerimento, estão mais propensas a não conseguirem um emprego seis meses depois do nascimento da criança.
A partir dessa análise é possível constatar que as restrições ao aborto mostraram ser mais do que um mecanismo de opressão ao controle da mulher com seu próprio corpo. Ela funciona também como um agente significativo para sua estabilização financeira.
Para encontrar esse resultado, os pesquisadores avaliaram mais de 800 mulheres que buscaram o procedimento dentro do prazo estabelecido, abrangendo 30 clínicas nos Estados Unidos que oferecem esse serviço. Além disso, foram avaliadas não só as pacientes que tiveram o pedido de aborto negado, como os aprovados, para que dessa forma fosse possível criar uma comparação.
“Muitas mulheres que procuram o aborto enfrentam dificuldades econômicas, metade delas vivem abaixo do nível de pobreza federal e lutam para pagar os gastos de moradia, transporte e alimentação. A negação do aborto perdura essa situação. Encontramos diferenças significativas nas trajetórias socioeconômicas das pacientes que tiveram o aborto aprovado e negado”, diz o estudo.
Fonte: Cosmopolitan
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