PUBLICIDADE

MANUAL

Apesar de 89,1% das pessoas afirmarem escovar os dentes ao menos duas vezes ao dia, apenas 53% delas utilizam o fio dental e a pasta em conjunto com a escova de dente, o que pode ocasionar doenças e a necessidade de tratamentos dentais. É o que mostra a última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde em 2013, que analisou 80 mil domicílios.

Além de uma questão de saúde, o cuidado com os dentes e a boca influencia os gastos econômicos das famílias, já que os preços dos tratamentos dentários no mundo somam cerca de 172 milhões de dólares de acordo com as universidades alemãs Martin Luther Halle-Wittenberg (MLU) e a Biotechnology Research and Information Network AG (BRAIN AG). O ortodontista Djalma Faria, entretanto, afirma que algumas medidas extras podem ser tomadas para evitar esses gastos e explica as causas mais comuns das principais doenças bucais, mostrando soluções eficazes para tratar  desses problemas.

O consumo de açúcar

O açúcar é um dos principais agentes etiológicos responsáveis pela doença infecciosa de maior incidência na espécie humana, a cárie. Aproximadamente 2,4 bilhões de pessoas ao redor do planeta tem cárie. No Brasil, a doença, majoritariamente causada pelo consumo excessivo do açúcar (que serve de alimento para a bactéria), atinge mais da metade da população (56% segundo a OMS). Para evitar a contração da doença, o ortodontista Djalma Faria, reafirma o estudo feito pela Organização Europeia de Pesquisa sobre a cárie, que indica que o acompanhamento com um dentista pode diminuir até 69% a chances de uma criança de 0 a 3 anos de possuir cárie, mas também fala um pouco sobre as soluções para a doença.  “Tudo depende do ph e da bactéria da boca do paciente, mas a solução é uma escovação bem feita, sempre utilizando o fio dental, e buscar opções diferentes para consumo, como adoçantes naturais e alimentos com baixo teor de açúcar, como verduras, que ainda ajudam na mastigação ”, explica Faria.

Acesso ao dentista

Atualmente aproximadamente 20 milhões de brasileiros não têm acesso ao dentista, e de acordo com o IBGE, mais da metade que têm acesso não se consulta anualmente. As consequências disso, o Djalma explica “O maior problema de demorar para se consultar é que uma doença que poderia ser simples, como por exemplo as próprias cáries, mau hálito e gengivite, se agravam com o tempo, e com o diagnóstico tardio, torna a cura cada vez mais difícil. O ideal seria ir ao dentista uma vez por semestre”.

Hipersensibilidade

A hipersensibilidade é a dor intensa e imediata quando o dente é exposto ao frio ou ao calor. A condição afeta 4 a cada 10 pessoas no mundo, especialmente na faixa etária entre os 20 e os 50 anos. “Escovar os dentes usando muita força, não utilizar o fio dental, colocar grande quantidade de pasta dental na escova e a utilização do palito de dente são fatores que influenciam na hipersensibilidade do paciente. Cobrir somente metade da escova com pasta já é o suficiente para a limpeza, e quando a dor estiver intensa, o uso de creme dental especializado contra a sensibilidade é o suficiente para aliviar a dor”, explica Djalma. O dentista ainda lembra que muitas pessoas associam a hipersensibilidade com o clareamento dental, o que pode ser verdade “O clareamento dental pode causar sensibilidade, principalmente quando feito a laser, já que os dentes recebem calor da luz em grande quantidade  para clarear na mesma hora, mas isso depende muito de cada paciente”.

Relação entre a Vitamina C e a perda dentária

A vitamina C é responsável pela manutenção do sistema imunológico, por prevenir o sangramento das gengivas e a diminuição da massa óssea, o que pode levar a perda dos dentes. “A ausência da vitamina C pode causar doenças como o escorbuto, em que os principais sintomas são hemorragias nas gengivas e desestabilização dos dentes. Para consumo, a vitamina está presente nas frutas como a laranja, limão, abacaxi, kiwi, e vegetais como brócolis e espinafre. Só é necessário cuidado com as frutas muito ácidas, pois podem deixar o dente poroso, ao desmineralizar o esmalte”, finaliza o ortodontista.

 

Foto: Reprodução