Nos palcos da vida…
Domingo ,19 de março, 20h, no Shopping Fashion Mall, uma badalada estreia como não se via a tempos na cidade. Era o tão aguardado espetáculo “Léo e Bia”. Uma peça de teatro já vencedora, que na década de 80 foi visto por mais de 500 mil pessoas, com texto e trilha sonora de Oswaldo Montenegro e que volta aos palcos com nova roupagem e a incrível direção de Leonardo Talarico.
Claro que não perdi a oportunidade de uma entrevista com esse jovem diretor que vem desbravando caminhos fantásticos através do seu olha diferenciado pela arte. Confiram:
A primeira montagem de “Léo e Bia”, ocorreu na década de 80. Como surgiu a ideia de remontar um espetáculo que fez enorme sucesso na época, abordando um tema polêmico sobre ditatura, repressão aliado ao sonho dos sete jovens que desejam viver de arte? Seria um reflexo da realidade atual brasileira? Uma espécie de espetáculo atemporal?
Oswaldo Montenegro assistiu ao meu espetáculo “Amor e Ódio em Sonata”. Em seguida, ele me convidou para trabalharmos juntos. Fiz a preparação do elenco e supervisionei o seu longa metragem “O Perfume da Memória” (link do filme nas redes sociais). Após as minhas apresentações na Rússia, Oswaldo me chamou para dirigir “Léo e Bia”. Honrado, aceitei a proposta. A uma, por saber da importância de “Léo e Bia” para ele (obra autobiográfica e apenas dirigida por ele); a duas, porque dirigir “Léo e Bia” acarretaria uma drástica mudança “dramatúrgica” na minha carreira. Um grande risco, conforme dito por todos a minha volta. Mas a questão é que o risco é elemento inerente à vida teatral. A coragem surge, historicamente, em uma “coxia” de Teatro. Desafio aceito!
Por outro giro, a questão da ditadura está na ambiência. A peça tem por função promover o afeto, a aceitação do outro como outro, uma devoção ao ambiente teatral. E o nosso momento histórico é oportuno. Nossa pretensão não é panfletária ou pedagógica. É resgatar a magia perdida, estimular o princípio da generosidade, celebrar reencontros e despertar a vocação de cada ser humano já combalido pelo hábito.
Jovem diretor e ousado em trazer aos palcos espetáculos impactantes e ao mesmo tempo reflexivos, como por exemplo, “Amor e Ódio em Sonata” de 1994. O que mais fascina na escolha de um novo projeto?
Penso em pessoas e circunstâncias todos os dias. Por outro lado, leio todos os projetos e ideias sugeridas. Não tenho gênero. Se uma pessoa ou uma obra conseguir me estimular a falar em primeira pessoa, me leva. Sou aberto aos encontros.
E a relação com o Oswaldo? Já eram amigos? Por que escolher exclusivamente esse espetáculo?
Tínhamos trabalhado juntos há 12 anos na “Dança dos Signos”, mas nos tornamos amigos após o “Amor e Ódio em Sonata”. Hoje, somos grandes amigos. Fechamos bares em noites de conversa sobre arte, filosofia, vida pessoal etc. A diferença é que fechamos todos os estabelecimentos bebendo refrigerante zero! A escolha do espetáculo foi do Oswaldo.
E essa paixão voraz pela arte, direção e palco?
Essa paixão começa como advogado do Tribunal do Júri, na Defensoria Pública. Lá recebi três condecorações pelas atuações em prol dos menos favorecidos, fiz uma linda carreira e me estruturei intelectualmente. Estudei Teatro para ser um grande advogado e a advocacia me permitiu conhecer melhor as idiossincrasias. Tive grandes mestres na minha vida: Troisi, Walter Avancini e Amir Haddad. O direito me fez o homem que sou e o Teatro me permitiu conhecer todas as pessoas que eu precisava amar! A solidão da direção me fascina.
Acha que a cultura está retomando um novo processo evolutivo? Durante os cursos que ministra, você consegue ter uma percepção de novos talentos? Alunos estudiosos, participativos ou buscam apenas realizar o desejo de conhecer os bastidores do palco e suas mágicas engrenagens?
Assim como a medida do artista é a medida do humano, a cultura é a medida da sociedade. Percebo uma maior preocupação dos alunos na formação. Tenho o prazer de ser um humilde pedagogo de seres humanos incríveis. Um dos meus maiores prazeres é trocar conhecimento com os meus alunos e colaborar na transformação das suas vidas. Mesmo com a vida agitada, não deixo de ter minha turma de Teatro.
Todos os seus espetáculos são reconhecidos pelo sucesso de crítica e público. Como está o coração após uma estreia tão comentada. Muitos dizem que fazia tempo que um espetáculo não causava tanto alvoroço. Pretendem estender a temporada?
Recebo sempre com muita humildade e tranquilidade. Tenho muito apreço e respeito por todos os profissionais. Sempre deixo tudo no palco. Teatro é lugar pra perder, como diz o Amir Haddad. E eu deixei tudo lá. Quando dirijo uma obra tenho a preocupação de esgotar todas as minhas possibilidades artísticas em prol dos meus atores, do espetáculo e da plateia. A sensação é de dever cumprido e de vigilância, pois o Teatro é uma obra viva que não se pode descurar. Os diversos aplausos em cena aberta, a reação do público após o espetáculo, a fala do Oswaldo Montenegro e da Madalena Salles, o Teatro Fashion Mall com fila de espera quilométrica, os inúmeros amigos que perdi e os inimigos que arrumei porque não conseguiram assistir ao espetáculo na estreia (rs), me recompensam não apenas pelo grande esforço que é fazer Teatro, mas por lembrar quantos espetáculos estão com o seu público em casa. O Teatro tem aceitado, passivamente, viver sozinho. E ver plateia é sempre um motivo para celebrar.
Se pudesse escolher hoje um novo desafio. Qual seria?
Um novo risco.
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Boutique Armani recebe Manu Beger
No último dia 14, Manu Berger lançou na Boutique Armani do Shopping Village Mall, seu primeiro livro, que aborda o panorama histórico do luxo, dos primeiros tempos até a atualidade, centralizando suas atenções no mercado de alto padrão da Itália e da França, duas das nações mais significativas quando o assunto é o setor de luxo.
Vinícius Belo e Bruna Barros assinaram a viplist do coquetel que proporcionou um belo desfile de mulheres bonitas e elegantes.
Fotos by Vera Donato
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Vitrines e Noivas pelo Casa Shopping
Com uma carreira consolidada em mais de 15 anos, a designer de interiores Marilene Galindo aproveitou o convite para assinar as vitrines da loja Provence & Cia para embarcar no mundo das noivas.
A partir da ideia de Marilene, a renomada cerimonialista Jaqueline Barreto se juntou ao projeto e levará um pouco do universo do casamento, no dia 29/3, para a Provence & Cia. Será possível conhecer um pouco do trabalho de alguns dos fornecedores que tornam esta data ainda mais especial!
O coquetel de lançamento das Vitrines Assinadas será no dia 29 de março às 19h, na loja Provence & Cia, bloco H lojas B e P no CasaShopping – Barra da Tijuca. Certamente com tanta badalação em torno do evento, os convidados terão grandes surpresas. Vamos aguardar!
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“O mundo é um moinho”
O Musical “Cartola, O Mundo é um Moinho” chegou ao Rio de Janeiro, no palco do Teatro Carlos Gomes trazendo Flávio Bauraqui no papel do ícone da Estação Primeira de Mangueira, que emocionou o público com talento, o canto e principalmente a caracterização que trouxe um realismo e semelhança com o homenageado. Foi impressionante!
Vejam que circulou por lá nas fotos de Vera Donato
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É Pique, É Pique!
A carismática Karina Nigri recebeu um grupo de amigas no Duo Trattoria no último dia 16, para celebrar mais uma primavera. Carinhosamente, minha homenagem e votos de felicidades.
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Enfim, outono!
Quem curte apreciar uma bela paisagem, com misturas de cores naturais e aquele frescor anunciando que tudo será renovado, vale a pena caminhar pela tradicional “Muretinha da Urca”. Com visual deslumbrante, a luz contrastante que se misturam a natureza urbana, é um excelente programa nos fins de tarde.