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A discriminação racial no Brasil é tema de um documentário produzido pelo jornal inglês “The Guardian”, com quase nove minutos de duração, traz como pauta Nayara Justino, atriz e Globeleza do ano de 2014.O documentário foi divulgado na última terça-feira (9).

Em uma das situações, Nayara leva a equipe à quadra de samba do Acadêmicos da Rocinha, no Rio de Janeiro, e conta que há poucas rainhas de bateria negras, “o que é vendido aqui são as mulheres brancas de cabelo liso, corpo bonito e etc. E isso vai atrair dinheiro pra escola. Se colocarem uma mulher negra, vai [apenas] chamar atenção.”

A atriz foi alvo de ofensas racistas logo após a sua vinheta da Globeza ir ao ar, “muita gente me xingou pelo Facebook. Me chamaram de macaca, neguinha, Zé Pequeno [nome de personagem do filme “Cidade de Deus”]…” Após relembrar o preconceito, Nayara chora e diz que o racismo não veio só dos brancos, mas de negros também.

Nayara irá participar da novela da Record “Escrava mãe”, e desabafou sobre o racismo, afirmando que a escravidão acabou, mas o racismo ainda existe. Enfatiza ainda a maior dificuldade para a mulher negra no país “o preconceito com a mulher no Brasil é muito grande, mas com a mulher negra é maior ainda”.

Outros entrevistados do documentário são o namorado da Nayara, Cairo Jardim, e a mãe dela, Nazaré Justino. Marques Travae, dono do blog “Black Women of Brasil”, também participa.