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Miriam Freitas

Filme com Cauã Reymond retrata o ex-imperador do Brasil pouco tempo depois de sua abdicação, em um momento de doença, insegurança e conflito.

A Viagem de Pedro”, escrito e dirigido por Laís Bodanzky (“Bicho de Sete Cabeças” e “Como Nossos Pais”) acaba de divulgar o cartaz e o trailer oficiais. Protagonizado por Cauã Reymond, o filme é o primeiro longa-metragem histórico da diretora.

A produção aborda a vida privada de Dom Pedro I, o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pelos brasileiros, nove anos depois de proclamar a Independência do Brasil. A viagem desconstrói a imagem de herói de Dom Pedro I, responsável por tornar o Brasil um país continental às custas de muita opressão.  

Com produção da Biônica Filmes, Buriti Filmes e O Som e a Fúria (Portugal), em coprodução com a Globo Filmes, “A Viagem de Pedro”, foi produzido por Bianca Villar, Cauã Reymond, Fernando Fraiha, Karen Castanho, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi, Luis Urbano e Mario Canivello. O filme chega aos cinemas no dia 1º de setembro, na semana do bicentenário da Independência. 

Em 1831, D. Pedro deixa o Brasil independente rumo à Europa, a fim de preparar a luta contra o irmão Miguel pelo trono de Portugal, onde é tido como traidor. No meio do Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa, misturam-se membros da corte, oficiais, serviçais e negros escravizados, numa babel de línguas, culturas e posições sociais. Pedro tenta reunir forças para a guerra fratricida que se aproxima, mas a doença e o medo da morte lançam-no numa espiral de alucinações. Revive diversos momentos da sua vida, a infância, o casamento com Leopoldina, o romance com Domitila de Castro e imagina discussões com o irmão. 

Além de abordar questões importantes de gênero e raça neste contexto, a leitura do episódio histórico pela perspectiva de Laís Bodanzky chega em um momento oportuno – quando o coração de Dom Pedro I foi solicitado para celebrar os 200 anos da Independência. Como revela a diretora: “o governo atual flerta com ideais militares. Pedir o coração emprestado é uma forma ufanista e superficial de comemorar os 200 anos de uma independência que, de fato, nunca aconteceu. Podemos não ser mais colônia de Portugal, mas ainda somos uma colônia”. 

No elenco, a artista plástica Rita Wainer estreia como atriz no papel de Domitila. Luise Heyer (“Dark”) interpreta Leopoldina, Francis Magee (“Game Of Thrones”, “Jimmy’s Hall”, “Rogue One”) vive o Comandante Talbot, e Welket Bunguê o Contra-almirante Lars. No elenco português estão Victória Guerra interpretando Amélia, Luísa Cruz no papel de Carlota Joaquina, João Lagarto vivendo Dom João VI, Isac Graça (“Catas da Guerra”) na pele de Miguel e Isabél Zuaa (“As Boas Maneiras”) interpretando Dira. Celso Frateschi (“3%”), Gustavo Machado (“A Suspeita”), Luisa Gattai, Dirce Thomaz, Marcial Mancome, Sergio Laurentino (“Tungstênio”) e Denun Gowe Calvin completam o time. O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez (“Ex-Pajé”, “A Última Floresta”) foram os responsáveis pelo trabalho de reconstrução da época.   

 A viagem de Pedro” estreou mundialmente no Brasil na 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e foi exibido no 23º Festival do Rio. No Rio de Janeiro, conquistou o Troféu Redentor de melhor ator coadjuvante (Sergio Laurentino) e de melhor direção de ficção (Laís Bodanzky). Em Portugal, foi lançado em maio nos cinemas, além de ter sido exibido no 19º Indielisboa – Festival Internacional de Cinema, no mesmo mês. Em junho, o longa-metragem venceu o prêmio de Melhor Filme da América no Septimius Awards, em Amsterdã, foi exibido no Brooklyn Film Festival, em Nova Iorque – que qualifica produções para concorrer ao BAFTA, Oscar e para o Canadian Screen Awards, – participou do Latin American Film Festival, em Copenhagen, e teve uma exibição gratuita na USP, em São Paulo, seguida de debate com a diretora 

Produzido por Biônica Filmes, Buriti Filmes e O Som e a Fúria (Portugal), “A Viagem de Pedro” conta com a coprodução da Globo Filmes. Bianca Villar, Cauã Reymond, Fernando Fraiha, Karen Castanho, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi, Luis Urbano e Mario Canivello são responsáveis pela produção. A Vitrine Filmes assina a distribuição. 

Coletiva de imprensa e pré estreia do filme em São Paulo 

Sinopse

1831, Pedro, o ex-imperador do Brasil, busca forças físicas e emocionais para enfrentar seu irmão que usurpou seu reino em Portugal. O filme se passa no Oceano Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa na qual se misturam membros da corte, oficiais, serviçais e escravizados, numa babel de línguas e de posições sociais. Pedro se vê doente e inseguro. Entra na embarcação em busca de um lugar e uma pátria. Em busca de si mesmo.  

Elenco:  

Cauã Reymond             Pedro 

Luise Heyer                  Leopoldina 

Victoria Guerra             Amélia 

Isabel Zuar                   Dirá 

Rita Wainer                  Domitila 

Francis Magee              Comandante Talbot 

Welket Bungué            Contra Almirante Lars 

Sergio Laurentino         Chef 

Denon Gowe Calvin        Tigre

Isac Graça                    Miguel 

João Lagarto                 Dom João 

Luísa Cruz                    Carlota Joaquina 

Dirce Thomas               Benê 

Marcial Macome          Bukassa              

Luiza Gattai                  Maria da Glória     

Laís Bodanzky / Diretora e roteirista:  

Laís Bodanzky é roteirista e diretora de cinema e teatro, formada em cinema pela Faap e sócia na produtora Buriti Filmes. Seu primeiro longa-metragem Bicho de sete cabeças (2001) viajou o mundo e abriu portas para as suas realizações seguintes que também foram reconhecidas no Brasil e no exterior: Chega de saudade (2008), As melhores coisas do mundo (2010), Como nossos pais (2017) e A viagem de Pedro (2021). Seus filmes estiveram nos festivais de Berlim, Locarno, Roma, NY, Toronto entre outros. No teatro, Laís dirigiu as peças “Essa nossa juventude”, do dramaturgo Kenneth Lonergan, e “Menecma”, dramaturgia de Bráulio Mantovani. Por dois anos foi  presidente da empresa de audiovisual da cidade de São Paulo, Spcine, e por 15 anos coordenou os projetos Tela Brasil de exibição e educação audiovisual nas periferias do Brasil levando mais de 1,5 milhão de pessoas ao cinema pela primeira vez. Desde 2019 é membra da Academia Americana do Oscar.   

Globo Filmes 

A Globo Filmes atua como produtora e coprodutora de filmes brasileiros com foco na qualidade artística e na diversidade de conteúdos que valorizam a nossa cultura, maximizando a audiência no cinema e demais janelas.     

Desde 1998, participou de mais de 400 filmes, levando ao público o que há de melhor do cinema brasileiro; comédias, romances, documentários, infantis, dramas e aventuras. Fazem parte de sua filmografia recordistas de bilheteria, como “Tropa de Elite 2” e “Minha Mãe é uma Peça 3” – ambos com mais de 11 milhões de espectadores –, sucessos de crítica e público como “2 Filhos de Francisco”, “Aquarius”, “Que Horas Ela Volta?”, “O Palhaço” e “Carandiru”, e longas premiados no Brasil e no exterior, como “Cidade de Deus” – com quatro indicações ao Oscar – e “Bacurau”, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes.        

Crédito fotos- Fábio Braga

 

https://youtu.be/aRjlCXy1zeY

Trailer oficial

 

01 de Setembro nos cinemas

Imperdível!

  

Por: Míriam Freitas 

Colunista Social