No Brasil, o afogamento é a segunda maior causa de morte acidental infantil (de 0 a 14 anos), a cada dois dias, uma criança morre afogada (SOBRASA, 2019), a maioria dos casos acontecem nas piscinas, e se tornam ainda mais comuns em feriados prolongados. A pediatra e educadora parental, Dra. Loretta Campos, comenta sobre o assunto: “é muito comum em feriados de carnaval acidentes de afogamento, em piscinas, lagos, praia. É importante ter um olhar muito atento na criança pois aumenta o risco de afogamentos, mesmo com muitas pessoas no ambiente, 70% dos afogamentos acontecem do lado do adulto, por isso é extremamente importante ter um responsável com um olhar mais atento”.
Parece um simples feriado, mas com tanta folia, torna-se mais complicado para os pais que querem aproveitar o carnaval com seus pequeninos. Dra. Loretta orienta: “evitar multidões seria o ideal, pois não é um ambiente muito adequado, o melhor são os bloquinhos próprios para crianças, mas caso estejam nessa situação, é preciso redobrar a atenção para não perde-los. Sempre bom conversar com a criança, combinar um ponto de encontro caso aconteça desencontros”, e complementa, “colocar uma identificação na criança com telefone e nome dos pais, é imprescindível”.
Outro ponto, são as viagens, por ser carnaval, as famílias escolhem sair da cidade, ir à hotéis, resorts, parques… e acabam esquecendo a rotina dos pequenos. A falta de sono, a alimentação desregrada, pode deixá-los irritados, “é importante manter a rotina dessa criança, respeitando os horários das sonecas, alimentação e brincadeiras”.
Para os pais de pré-adolescentes ou já adolescentes, a Dra. Loretta dá dicas específicas: “converse sobre bebidas, drogas, pessoas mal-intencionadas, roubos… por mais que seja uma orientação óbvia, é necessário que seja reforçado toda vez que estejam expostos a esses perigos”.