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saúde

O período gestacional envolve uma série de mudanças corporais, novidades e transformações para a mulher. Muitas delas podem ser vistas, mas há alterações que são internas, como o afrouxamento dos vasos sanguíneos em função da diminuição da pressão arterial.

Há casos em que as mulheres já possuem a hipertensão antes de engravidar, mas essa doença pode evoluir durante a gravidez. Nas duas situações, pode haver uma série de complicações à mamãe e ao bebê.

Contudo, se a doença for tratada da maneira correta, a gestação tente a não ter grandes complicações. Para tranquilizar as futuras mamães, a Dra. Ana Claudia Frabetti Koiffman, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz unidade São Caetano, especialista em gestação de alto risco, listou 10 perguntas sobre pressão alta na gravidez:

O que é hipertensão na gestação? também chamada de pré-eclâmpsia, é uma doença que atinge aproximadamente 5 % das gestantes e se caracteriza pelo desenvolvimento de hipertensão arterial após a vigésima semana de gestação. Quanto mais precoce sua manifestação clínica, maior a gravidade da doença.

Quais são as causas? os médicos ainda não sabem ao certo o que causa a hipertensão, mas é uma doença imunológica que leva à alteração na circulação placentária e, consequentemente, traz problemas para o bebê.

É possível tratar a doença sem medicação? Fazer atividade física pode ajudar? não, pois as medicações que reduzem a pressão arterial ainda são a melhor forma de controlá-la. Por ser uma doença que ocorre quando o próprio sistema imunológico não funciona corretamente, a atividade física não interfere, sendo até contra indicada em alguns casos.

Como funciona para quem já tem a doença? nestes casos, as mulheres apresentam risco aumentado para o desenvolvimento de hipertensão gestacional. A prevenção para pré-eclâmpsia se dá com o uso de dieta rica em cálcio e uso de ácido acetilsalicílico (AAS) para alguns casos.

Quais os sinais de que o problema está complicando a gravidez? nos casos em que a pressão arterial está difícil de controlar, os sinais de alerta são surgimento de proteína na urina, restrição de crescimento fetal e diminuição de líquido amniótico.

Pode causar prematuridade? em casos graves, a única forma de tratamento definitivo é antecipação do parto, muitas vezes antes das 37 semanas de gestação, levando a prematuridade.

A doença pode prejudicar a formação do bebê? não, pois ela não interfere diretamente na formação fetal, porém indiretamente pode causar envelhecimento placentário e, consequentemente, restrição de crescimento fetal ou diminuição do líquido amniótico.

E o que pode acontecer com a mãe? todos os órgãos podem sofrer com as repercussões da pré-eclâmpsia, sendo cérebro, fígado e rins os órgãos mais acometidos. Essa gestante deve ser acompanhada por médicos especialistas em pré-natal de alto risco.

Qual é o perfil das mulheres que podem desenvolver essa doença? mulheres com idade maior que 40 anos, gestação múltipla, obesidade, diabetes pré-existente, algumas doenças reumatológicas, histórico familiar ou de pré-eclâmpsia em gestação anterior.

Quem teve hipertensão na gestação tem maior chance de ter pressão alta ao longo da vida? não existe esta associação para a hipertensão gestacional.